quinta-feira, 10 de outubro de 2013

Apredendo a ser santo e verdadeiro servo.

Tiago 2

14 De que adianta, meus irmãos, alguém dizer que tem fé, se não tem obras? Acaso a fé pode salvá-lo?

15 Se um irmão ou irmã estiver necessitando de roupas e do alimento de cada dia

16 e um de vocês lhe disser: "Vá em paz, aqueça-se e alimente-se até satisfazer-se", sem porém lhe dar nada, de que adianta isso?

17 Assim também a fé, por si só, se não for acompanhada de obras, está morta.

18 Mas alguém dirá: "Você tem fé; eu tenho obras".
Mostre-me a sua fé sem obras, e eu mostrarei a minha fé pelas obras.

19 Você crê que existe um só Deus? Muito bem! Até mesmo os demônios creem - e tremem!

20 Insensato! Quer certificar-se de que a fé sem obras é inútil?

21 Não foi Abraão, nosso antepassado, justificado por obras, quando ofereceu seu filho Isaque sobre o altar?

22 Você pode ver que tanto a fé como as obras estavam atuando juntas, e a fé foi aperfeiçoada pelas obras.

23 Cumpriu-se assim a Escritura que diz: "Abraão creu em Deus, e isso lhe foi creditado como justiça", e ele foi chamado amigo de Deus.

24 Vejam que uma pessoa é justificada por obras, e não apenas pela fé.

25 Caso semelhante é o de Raabe, a prostituta: não foi ela justificada pelas obras, quando acolheu os espias e os fez sair por outro caminho?

26 Assim como o corpo sem espírito está morto, também a fé sem obras está morta.
Leia o Capítulo Completo

Tiago, Capítulo 2



 25 Portanto, cada um de vocês deve abandonar a mentira e falar a verdade ao seu próximo, pois todos somos membros de um mesmo corpo.

26 "Quando vocês ficarem irados, não pequem". Apazigúem a sua ira antes que o sol se ponha

27 e não deem lugar ao Diabo.

28 O que furtava não furte mais; antes trabalhe, fazendo algo de útil com as mãos, para que tenha o que repartir com quem estiver em necessidade.

29 Nenhuma palavra torpe saia da boca de vocês, mas apenas a que for útil para edificar os outros, conforme a necessidade, para que conceda graça aos que a ouvem.

30 Não entristeçam o Espírito Santo de Deus, com o qual vocês foram selados para o dia da redenção.

31 Livrem-se de toda amargura, indignação e ira, gritaria e calúnia, bem como de toda maldade.

32 Sejam bondosos e compassivos uns para com os outros, perdoando-se mutuamente, assim como Deus os perdoou em Cristo.

Leia o capítulo completo: Efésios 4

quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

CUIDAR DAS VIÚVAS - MANDAMENTO?


Viúvas no Antigo Testamento
Após o último webinar que tive com vocês, queridos alunos, recebi um e-mail me perguntado: "como professora de Hebraico Bíblico, o que você pode me dizer sobre as viúvas na Bíblia Hebraica?" (Jane, Austrália).
Após uma pequena pesquisa, cheguei aos seguintes resultados. A primeira vez que encontramos a palavra "viúva" é em Gênesis 38. A primeira viúva (Hebraico: אַלְמָנָה) da Bíblia é Tamar, que havia perdido o marido devido aos pecados dele, como está escrito:

" וַיִּקַּח יְהוּדָה אִשָּׁה, לְעֵר בְּכוֹרוֹ; וּשְׁמָהּ, תָּמָר. וַיְהִי, עֵר בְּכוֹר יְהוּדָה--רַע, בְּעֵינֵי יְהוָה; וַיְמִתֵהוּ, יְהוָה. וַיֹּאמֶר יְהוּדָה לְאוֹנָן, בֹּא אֶל-אֵשֶׁת אָחִיךָ וְיַבֵּם אֹתָהּ; וְהָקֵם זֶרַע, לְאָחִיךָ. וַיֵּדַע אוֹנָן, כִּי לֹּא לוֹ יִהְיֶה הַזָּרַע; וְהָיָה אִם-בָּא אֶל-אֵשֶׁת אָחִיו, וְשִׁחֵת אַרְצָה, לְבִלְתִּי נְתָן-זֶרַע, לְאָחִיו. וַיֵּרַע בְּעֵינֵי יְהוָה, אֲשֶׁר עָשָׂה; וַיָּמֶת, גַּם-אֹתוֹ. וַיֹּאמֶר יְהוּדָה לְתָמָר כַּלָּתוֹ שְׁבִי אַלְמָנָה בֵית-אָבִיךְ, עַד-יִגְדַּל שֵׁלָה בְנִי--כִּי אָמַר, פֶּן-יָמוּת גַּם-הוּא כְּאֶחָיו; וַתֵּלֶךְ תָּמָר, וַתֵּשֶׁב בֵּית אָבִיהָ"
 
"Judá, pois, tomou uma mulher para Er, o seu primogênito, e o seu nome era Tamar. Er, porém, o primogênito de Judá, era mau aos olhos do SENHOR, por isso o SENHOR o matou. Então disse Judá a Onã: Toma a mulher do teu irmão, e casa-te com ela, e suscita descendência a teu irmão. Onã, porém, soube que esta descendência não havia de ser para ele; e aconteceu que, quando possuía a mulher de seu irmão, derramava o sêmen na terra, para não dar descendência a seu irmão. E o que fazia era mau aos olhos do SENHOR, pelo que também o matou. Então disse Judá a Tamar sua nora: Fica-te viúva na casa de teu pai, até que Selá, meu filho, seja grande.” (Gênesis 38:6-11)
Um dos próximos webinars de fevereiro será a respeito desse capítulo, mas devo dizer que em uma primeira análise dessas palavras, podemos ver que Tamar devia ser passiva. Ela deveria ficar na cada do pai dela após a morte do marido.
A próxima menção da palavra "viúva" é na lei bíblica. As viúvas eram uma das pessoas pobres juntamente com os órfãos, como vemos em Êxodo 22:21-24:

Viúva
" כָּל-אַלְמָנָה וְיָתוֹם, לֹא תְעַנּוּן. אִם-עַנֵּה תְעַנֶּה, אֹתוֹ--כִּי אִם-צָעֹק יִצְעַק אֵלַי, שָׁמֹעַ אֶשְׁמַע צַעֲקָתוֹ. וְחָרָה אַפִּי, וְהָרַגְתִּי אֶתְכֶם בֶּחָרֶב; וְהָיוּ נְשֵׁיכֶם אַלְמָנוֹת, וּבְנֵיכֶם יְתֹמִים"
 
"A nenhuma viúva nem órfão afligireis. Se de algum modo os afligires, e eles clamarem a mim, eu certamente ouvirei o seu clamor. E a minha ira se acenderá, e vos matarei à espada; e vossas mulheres ficarão viúvas, e vossos filhos órfãos."
Preste atenção a esse mandamento. Se alguém causar tormento a uma viúva, o resultado do seu destino será o mesmo da viúva.
E agora, mais alguns detalhes sobre as viúvas:
 Os sacerdotes de Israel não podem tomar viúvas para serem suas esposas (Levítico 21:14). Se a filha do sacerdote se tornar viúva, ela não pode se casar novamente. Ela precisa voltar à casa do pai (Levítico 22:13). As viúvas deveriam ganhar o dízimo a cada três, como está escrito:

" מִקְצֵה שָׁלֹשׁ שָׁנִים, תּוֹצִיא אֶת-כָּל-מַעְשַׂר תְּבוּאָתְךָ, בַּשָּׁנָה, הַהִוא; וְהִנַּחְתָּ, בִּשְׁעָרֶיךָ. וּבָא הַלֵּוִי כִּי אֵין-לוֹ חֵלֶק וְנַחֲלָה עִמָּךְ, וְהַגֵּר וְהַיָּתוֹם וְהָאַלְמָנָה אֲשֶׁר בִּשְׁעָרֶיךָ, וְאָכְלוּ, וְשָׂבֵעוּ--לְמַעַן יְבָרֶכְךָ יְהוָה אֱלֹהֶיךָ, בְּכָל-מַעֲשֵׂה יָדְךָ אֲשֶׁר תַּעֲשֶׂה"
 
"Ao fim de três anos tirarás todos os dízimos da tua colheita no mesmo ano, e os recolherás dentro das tuas portas; Então virá o levita (pois nem parte nem herança tem contigo), e o estrangeiro, e o órfão, e a viúva, que estão dentro das tuas portas, e comerão, e fartar-se-ão; para que o SENHOR teu Deus te abençoe em toda a obra que as tuas mãos fizerem." (Deuteronômio 14:28-29)
Vocês podem encontrar mais mandamentos sobre os presentes para os pobres e as viúvas entre eles em Deuteronômio 16:9-14; 24:17-21; 26:12-13.
No livro dos Reis, há duas histórias importantes com viúvas. Ambas relacionadas a um profeta importante. Hoje, eu escolhi trazer a história sobre a viúva que Elias precisou ajudar, como descrito em 2 Reis 4:1-7:


Elias e a viúva
" וְאִשָּׁה אַחַת מִנְּשֵׁי בְנֵי-הַנְּבִיאִים צָעֲקָה אֶל-אֱלִישָׁע לֵאמֹר, עַבְדְּךָ אִישִׁי מֵת, וְאַתָּה יָדַעְתָּ, כִּי עַבְדְּךָ הָיָה יָרֵא אֶת-יְהוָה; וְהַנֹּשֶׁה--בָּא לָקַחַת אֶת-שְׁנֵי יְלָדַי לוֹ, לַעֲבָדִים. וַיֹּאמֶר אֵלֶיהָ אֱלִישָׁע, מָה אֶעֱשֶׂה-לָּךְ, הַגִּידִי לִי, מַה-יֶּשׁ-לכי (לָךְ) בַּבָּיִת; וַתֹּאמֶר, אֵין לְשִׁפְחָתְךָ כֹל בַּבַּיִת, כִּי, אִם-אָסוּךְ שָׁמֶן. וַיֹּאמֶר, לְכִי שַׁאֲלִי-לָךְ כֵּלִים מִן-הַחוּץ, מֵאֵת, כָּל-שכנכי (שְׁכֵנָיִךְ)--כֵּלִים רֵקִים, אַל-תַּמְעִיטִי. וּבָאת, וְסָגַרְתְּ הַדֶּלֶת בַּעֲדֵךְ וּבְעַד-בָּנַיִךְ, וְיָצַקְתְּ, עַל כָּל-הַכֵּלִים הָאֵלֶּה; וְהַמָּלֵא, תַּסִּיעִי. וַתֵּלֶךְ, מֵאִתּוֹ, וַתִּסְגֹּר הַדֶּלֶת, בַּעֲדָהּ וּבְעַד בָּנֶיהָ; הֵם מַגִּישִׁים אֵלֶיהָ, וְהִיא מיצקת (מוֹצָקֶת). וַיְהִי כִּמְלֹאת הַכֵּלִים, וַתֹּאמֶר אֶל-בְּנָהּ הַגִּישָׁה אֵלַי עוֹד כֶּלִי, וַיֹּאמֶר אֵלֶיהָ, אֵין עוֹד כֶּלִי; וַיַּעֲמֹד, הַשָּׁמֶן. וַתָּבֹא, וַתַּגֵּד לְאִישׁ הָאֱלֹהִים, וַיֹּאמֶר לְכִי מִכְרִי אֶת-הַשֶּׁמֶן, וְשַׁלְּמִי אֶת-נשיכי (נִשְׁיֵךְ); וְאַתְּ בניכי (וּבָנַיִךְ), תִּחְיִי בַּנּוֹתָר"
"E uma mulher, das mulheres dos filhos dos profetas, clamou a Eliseu, dizendo: Meu marido, teu servo, morreu; e tu sabes que o teu servo temia ao SENHOR; e veio o credor, para levar os meus dois filhos para serem servos. E Eliseu lhe disse: Que te hei de fazer? Dize-me que é o que tens em casa. E ela disse: Tua serva não tem nada em casa, senão uma botija de azeite. Então disse ele: Vai, pede emprestadas, de todos os teus vizinhos, vasilhas vazias, não poucas. Então entra, e fecha a porta sobre ti, e sobre teus filhos, e deita o azeite em todas aquelas vasilhas, e põe à parte a que estiver cheia. Partiu, pois, dele, e fechou a porta sobre si e sobre seus filhos; e eles lhe traziam as vasilhas, e ela as enchia. E sucedeu que, cheias que foram as vasilhas, disse a seu filho: Traze-me ainda uma vasilha. Porém ele lhe disse: Não há mais vasilha alguma. Então o azeite parou.Então veio ela, e o fez saber ao homem de Deus; e disse ele: Vai, vende o azeite, e paga a tua dívida; e tu e teus filhos vivei do resto."

O que podemos aprender dessa história? A viúva precisa ter milagres na vida dela para poder pagar suas dívidas. Para mim, as pessoas que deveriam ajudá-la somos nós e não um profeta. É nossa obrigação e compromisso ajudar a todos que sofreram perdas em suas vidas - essa é a nossa dívida!
 Tenha uma semana abençoada, Eli

quinta-feira, 11 de agosto de 2011

Advertências da palavra de Deus


As Advertências da Palavra de Deus

I
Orando e esperando na presença de Deus para saber a Sua mensagem para o nosso coração, senti-me levado pelo Espírito Santo no sentido de transmitir uma série de mensagens sobre AS ADVERTENCIAS DA PALAVRA DE DEUS, dirigidas àqueles que não aceitaram a Cristo, confiando nEle como o objeto da verdadeira fé salvífica.
As Escrituras contêm muitas advertências assim, de modo que considero oportuno soar a trombeta das Escrituras, avisando que quem ficou sem Cristo, perdeu tudo. Por quê? Porque nEle “todos os tesouros da sabedoria e do conhecimento estão ocultos” (Cl. 2:3). Nele se acha tudo quanto Deus deseja de bom para o homem pecaminoso, pois Cristo é o Caminho, e a Verdade, e a Vida, e ninguém pode chegar ao Pai e ao céu a não ser por Ele (Jo 14:6).
Preste atenção! As Escrituras declaram que EM CRISTO há perdão para os pecadores mais vis. EM CRISTO há doce paz para a consciência, a paz com Deus, porque Cristo nos comprou essa paz pelo sangue da Sua Cruz. EM CRISTO há repouso para a alma cansada. EM CRISTO temos o caminho para o Pai celeste, e a porta aberta para o aprisco de Deus. EM CRISTO temos a fonte das águas vivas, riquezas espirituais de valor incontável, e um pleno suprimento de graça e de verdade para a alma fraca e esgotada.
Somente EM CRISTO há a purificação de todo o pecado. Somente EM CRISTO há a perfeita justificação e, portanto, a perfeita aceitação diante de Deus. Somente EM CRISTO se acha a verdadeira luz para iluminar o nosso caminho através desse ermo triste e escuro em que vivemos. Somente EM CRISTO seremos inocentados quando Deus julgar o mundo. Somente os que estão EM CRISTO ouvirão essas palavras graciosas: “Vinde, benditos de meu Pai! Entrai na posse do reino que meu está preparado desde a fundação do mundo” (Mt 25:34). Somente EM CRISTO há Livramento do poder e da penalidade do pecado. Somente EM CRISTO haverá gozo eterno na presença dEle quando, revestidos do nosso novo corpo, e eternamente separados da própria presença do pecado, passaremos a estar com Ele.
Veja bem, caro leitor: ficar sem Cristo é perder todas as riquezas de Deus e permanecer eternamente na Sua ira. Foi por isso que o apóstolo Paulo escreveu: “Sim, deveras considero tudo como perda, por causa da sublimidade do conhecimento de Jesus Cristo meu Senhor: por amor do qual, perdi todas as coisas e as considero como refugo, para ganhar a Cristo, e ser achado nele, não tendo justiça própria, que procede de lei, senão que é mediante a fé em Cristo, a justiça que procede de Deus, baseada na fé” (Fp. 3:8-9).
Pergunto ao leitor, portanto: VOCÊ CONHECE O SENHOR JESUS CRISTO? Você o conhece de um modo realmente salvífico? Ele é tudo para você? Ele é uma realidade viva no seu coração? Você anda com Ele naquela união vital, por ser Ele sua Vida, seu Cabeça, seu Esposo, seu Senhor? Você o conhece naquela união amorosa da comunhão e da adoração, na qual Ele vale mais do que o mundo inteiro para você? Você está disposto a abrir mão de tudo, a fim de ser achado somente nele?
Pergunto de novo: VOCÊ CONHECE A CRISTO? Quero sondar seu coração nesse assunto, porque é esta a diferença entre o céu e o inferno: saber se o pobre pecador, merecedor do inferno, entrou pela graça nessa salvação viva que existe somente em Cristo.
Preste atenção de novo! Você tem a Cristo, ou uma mera decisão da boca para fora? Você tem Cristo, ou apenas a esperança proveniente do batismo? Você tem Cristo, ou apenas a esperança decorrente de ser membro da igreja? Você tem Cristo, ou somente a esperança que provém das suas boas obras, orações, contribuições, e melhores esforços? Você tem Cristo? Você pode dizer: Estou crucificado com Cristo e Cristo vive em mim; e esse viver que agora tenho na carne, vivo pela fé no Filho de Deus, que me amou e a si mesmo se entregou por mim (Gl 2:19-20)?
Tendo em mente esses pensamentos, examinemos 1 Co 13:1-3, como primeiro texto bíblico que nos ensina que, não importa o que possuímos, se não temos CRISTO E O SEU AMOR, nada temos. Assim fala a Palavra de Deus: “Ainda que eu fale as línguas dos homens e dos anjos, se não tiver CRISTO E O SEU AMOR, serei como o bronze que soa ou como o metal que soa. Ainda que eu tenha o dom de profetizar e conheça todos os mistérios e toda a ciência; ainda que eu tenha tamanha fé ao ponto de transportar montes, se não tiver CRISTO E O SEU AMOR, nada serei. E ainda que eu distribua todos os meus bens entre os pobres, e ainda que queimado, se não tiver CRISTO E O SEU AMOR, nada disso me aproveitará.”
Vemos nesse texto que podemos possuir dons de todos os tipos; dons que edificam a nós mesmos e ao próximo, que são de beneficio para nós mesmos e ao próximo, que são de beneficio para nós e para os outros; mas, se não possuirmos o maior dom de todos, CRISTO E O SEU AMOR, todos os dons que se possa possuir ficarão sem valor. Vejam bem: estes crentes professos em Corinto atribuíam muito valor aos dons, e o estudo do capítulo 14 de 1 Coríntios nos deixa entender que fizeram muito abuso deles. Por isso, o Espírito Santo advertiu-os, através do apóstolo Paulo, que mesmo se falassem nas línguas dos homens ou dos anjos, sem terem CRISTO E O SEU AMOR, estavam vazios, ocos, sem a graça salvífica, e os sons que produziam não passavam de barulhos como de instrumentos metálicos inanimados.
QUE ADVERTÊNCIA! Vem do próprio Deus, e não de mim! Preste atenção! Trata-se de crentes professos que tinham mais esperança nos seus dons do que no Deus vivo em Cristo. Muitos erram nesse aspecto! A sua esperança se fundamenta num dom, e não Cristo, a esperança da glória. Confiam nalguma experiência, e não em Cristo, a âncora segura da alma. Caro leitor, você baseia sua esperança no fato de ter recebido um dom? Esse fato ocupa a totalidade da sua vida, da sua conversa, do seu testemunho? Então, seja advertido pela palavra de Deus. Você está enganado no tocante à sua esperança do céu se você não tiver CRISTO E O SEU AMOR. Preste atenção! Para cada crente, é Cristo, e não algum dom, que é precioso para a sua alma. é Cristo o assunto da sua conversa – aquilo que Ele tem feito pela sua alma imortal – e não o dom ou dons que porventura tenha recebido.
Esta advertência vem de Deus, e não de mim; nada mais faço do que proclamá-la, e ficar zangado comigo porque peço a sua atenção nesse assunto não altera os fatos. Pelo contrário, assim você meramente demonstra que você dá mais valor ao seu dom do que a Cristo, e que você não chegou a firmar-se nele como o alicerce de uma boa esperança mediante a graça.
No v. 2 de 1 Co 13 somos avisados que há aqueles que até mesmo possuem o dom da profecia; o dom da fé em entender todos os mistérios; o dom da fé especial ao ponto de remover montanhas, e todo o conhecimento das Escrituras, mas, se não possuem o dom maior de Deus; CRISTO E O SEU AMOR, não são nada, não possuem nada, e ficam por fora das coisas celestiais.
Que advertência! Só imaginar que um homem, uma mulher, ou um jovem pode possuir tudo isso e ainda ficar sem Cristo! Estremeço ao perceber que é possível chegar tão perto de Deus e ainda ficar fora do céu!
Caro leitor, você pergunta qual o significado de tudo isso, qual a natureza dessa advertência? Trata-se do seguinte: a pessoa pode ter a compreensão intelectual de toda a verdade, saber interpretar a Palavra dos Profetas, e entender os mistérios da Bíblia, e mesmo assim, ficar sem Cristo, porque ficou sem a convicção no Espírito Santo que era para colocar Jesus Cristo como a pedra Angular no seu coração e na sua vida, mediante a fé implantada por Deus.
Fico cada vez mais convicto, à medida que converso com as pessoas, frequento os estudos bíblicos e fico conhecendo diversos grupos, que aquilo que mais faz falta hoje em dia é a convicção do Espírito Santo.
Aquilo que não se acha frequentemente hoje em dia é o coração aberto pelo Espírito Santo de Deus, o coração que reconhece diante de Deus que está na praga do pecado e da culpa. Falta essa abertura do coração para reconhecer vazio da vida sem Cristo. Falta a convicção no Espírito Santo para levar o pecador a arrepender-se diante de Deus, e reconhecer a culpa pela sua condição pecaminosa, e confessá-la diante de Deus, e repudiá-la. Torna-se urgentemente necessário o poder do Espírito Santo para convencer e levar á verdadeira fé salvífica em Cristo, para nos revelar que não temos fé salvífica e que precisamos da obras do Espírito em nosso coração, pois a salvação vem do Senhor.
Já falei e repito: se você não tem a CONVICÇÃO do Espírito Santo, você não tem ARREPENDIMENTO, e se você não tem ARREPENDIMENTO, você fica sem fé, e se você não tem FÉ, você fica sem CRISTO, e se você não tem CRISTO, você fica sem o CÉU, e se você não tem o CÉU, você está no caminho do INFERNO, e isso por toda a eternidade, por causa da sua rebelião pecaminosa contra Deus (Rm 8:7-9).
Hoje em dia, embora muita importância seja dada aos dons do Espírito Santo para o crente, é raro ouvir alguém proclamar com clareza os dons Espírito Santo para o descrente. O leitor pergunta: onde já se viu dons do Espírito Santo para o descrente? Quais seriam? Responderei da seguinte forma:
Primeiro, há o dom do Espírito Santo que é PODER PARA ACORDAR. E assim, o Espírito Santo diz: “Desperta, ó tu que dormes, levanta-te de entre os mortos, e Cristo te iluminará” (Ef 5:14). Considero que esta é a melhor dádiva que Deus, o Espírito Santo, pode dar ao homem: despertá-lo do seu estado dormente, morto, e levá-lo a Cristo, a luz do mundo.
Segundo, o dom do PODER DA CONVICÇÃO, da parte do Espírito Santo. “Quando o Espírito Santo vier convencerá o mundo do pecado, da justiça e do juízo; do pecado, porque não crêem em mim” (Jo 16:8-9). Considero que essa é outra grande dádiva que o Espírito Santo nos dá, a de nos convencer do pecado da incredulidade, porque não aceitamos a Cristo de modo salvífico.
Terceiro: a dádiva do ARREPENDIMENTO mediante o Espírito Santo. “Deus, porém, com a sua destra, exaltou (Cristo) a Príncipe e Salvador, a fim de conceder a Israel o arrependimento e a remissão de pecados” (At. 5:31). E como recebemos essa dádiva? Por Deus (At. 11:18). Essa dádiva é muito preciosa, portanto, posto que uma obra genuína de arrependimento é necessária para a salvação. Assim declarou nosso Senhor: “Se, porém não vos arrependeres, todos igualmente perecereis” (Lc 13:3).
Quarto, o dom da FÉ mediante o Espírito Santo. “Porque pela graça sois salvos, mediante a fé; e isto não vem de vós, é dom de Deus” (Ef 2:8). Veja bem: posto que nenhum tipo de graça atua a não ser quando a graça da fé entra em operação, esse dom da fé que o Espírito Santo nos dá é muito precioso para a nossa alma.
Vemos, portanto que sem termos recebido essas quatro dádivas da parte do Espírito Santo enquanto ainda éramos descrentes, todos os demais dons seriam inúteis, por terem areia por alicerce.
No último versículo do texto em estudo (1 Co 13:1-3) lemos: “E ainda que eu distribua todos os meus bens entre os pobres, e ainda que entregue o meu próprio corpo para ser queimado, se não tiver CRISTO E O SEU AMOR, nada disso me aproveitará.” Percebemos aqui que podemos praticar todos os atos exteriores do cristão, mas se não tivermos CRISTO E O SEU AMOR habitando em nós, e não estivermos motivados pelo amor de Cristo, tudo isso de nada nos aproveitará. Que advertência temos nesses três versículos juntos!
Tenho rogado a Deus que me deixe entregar essa mensagem com amor e humildade, para advertir contra o perigo de não termos Cristo em nós como nossa esperança da glória. Meu coração se estende ao leitor com amor, por compreendo a sua condição. Houve um tempo quando eu também estava assim, e foi exclusivamente pela graça e misericórdia de Deus que essas dádivas do Espírito Santo me foram dadas quando eu ainda era descrente.
Queira o Espírito Santo implantar em cada coração que está longe de Cristo essas quatro dádivas preciosas do DESPERTAMENTO, da CONVICÇÃO, do ARRPENDIMENTO, da FÉ! Que Cristo venha a ser precioso para o coração e a vida de você naquela união viva, amorosa e perpétua!

Autor: L. R. Shelton, Jr.
Digitação: Sabryna Santos com Autorização
Revisão: Robson Alves de Lima
Fonte: www.PalavraPrudente.com.br

O que devo fazer para ser salvo? Aceitar a Jesus!?


Aceitar a Jesus!?

Nosso relacionamento com Cristo é uma questão de vida ou morte. O homem que conhece a Bíblia sabe que Jesus Cristo veio ao mundo para salvar os pecadores e que os homens são salvos apenas por Ele, sem qualquer influência por parte de quaisquer obras praticadas.

"O que devo fazer para ser salvo?", devemos aprender a resposta correta. Falhar neste ponto não envolve apenas arriscar nossas almas, mas garantir a saída eterna da face de Deus.
Os cristãos "evangelicais" fornecem três respostas a esta pergunta ansiosa: "Creia no Senhor Jesus Cristo", "Receba Cristo como seu Salvador pessoal" e "Aceite Cristo". Duas delas são extraídas quase literalmente das Escrituras (At 16:31; João 1:12), enquanto a terceira é uma espécie de paráfrase, resumindo as outras duas. Não se trata então de três, mas de uma só.
Por sermos espiritualmente preguiçosos, tendemos a gravitar na direção mais fácil a fim de esclarecer nossas questões religiosas, tanto para nós mesmos como para outros; assim sendo, a fórmula "Aceite Cristo" tornou-se uma panacéia de aplicação universal, e acredito que tem sido fatal para muitos. Embora um penitente ocasional responsável possa encontrar nela toda a instrução que precisa para ter um contato vivo com Cristo, temo que muitos façam uso dela como um atalho para a Terra Prometida, apenas para descobrir que ela os levou em vez disso a "uma terra de escuridão, tão negra quanto as próprias trevas; e da sombra da morte, sem qualquer ordem, e onde a luz é como a treva".
A dificuldade está em que a atitude "Aceite Cristo" está provavelmente errada. Ela mostra Cristo suplicando a nós, em lugar de nós a Ele. Ela faz com que Ele fique de pé, com o chapéu na mão, aguardando o nosso veredicto a respeito dEle, em vez de nos ajoelharmos com os corações contritos esperando que Ele nos julgue. Ela pode até permitir que aceitemos Cristo mediante um impulso mental ou emocional, sem qualquer dor, sem prejuízo de nosso ego e nenhuma inconveniência ao nosso estilo de vida normal.
Para esta maneira ineficaz de tratar de um assunto vital, podemos imaginar alguns paralelos; como se, por exemplo, Israel tivesse "aceito" no Egito o sangue da Páscoa, mas continuasse vivendo em cativeiro, ou o filho pródigo "aceitasse" o perdão do pai e continuasse entre os porcos no país distante. Não fica claro que se aceitar Cristo deve significar algo? É preciso que haja uma ação moral em harmonia com essa atitude!
Ao permitir que a expressão "Aceite Cristo" represente um esforço sincero para dizer em poucas palavras o que não poderia ser dito tão bem de outra forma, vejamos então o que queremos ou devemos indicar ao fazer uso dessa frase.
"Aceitar Cristo" é dar ensejo a uma ligeira ligação com a Pessoa de nosso Senhor Jesus, absolutamente única na experiência humana. Essa ligação é intelectual, volitiva e emocional. O crente acha-se intelectualmente convencido de que Jesus é tanto Senhor como Cristo; ele decidiu segui-lo a qualquer custo e seu coração logo está gozando da singular doçura de Sua companhia.
Esta ligação é total, no sentido de que aceita alegremente Cristo por tudo que Ele é.
Não existe qualquer divisão covarde de posições, reconhecendo-o como Salvador hoje, e aguardando até amanhã para decidir quanto à Sua soberania.
O verdadeiro crente confessa Cristo como o seu Tudo em todos sem reservas. Ele inclui tudo de si mesmo, sem que qualquer parte de seu ser fique insensível diante da transação revolucionária.
Além disso, sua ligação com Cristo é toda-exclusiva. O Senhor torna-se para ele a atração única e exclusiva para sempre, e não apenas um entre vários interesses rivais. Ele segue a órbita de Cristo como a Terra a do Sol, mantido em servidão pelo magnetismo do Seu afeto, extraindo dEle toda a sua vida, luz e calor. Nesta feliz condição são-lhe concedidos novos interesses, mas todos eles determinados pela sua relação com o Senhor.
O fato de aceitarmos Cristo desta maneira todo-inclusiva e todo-exclusiva é um imperativo divino. A fé salta para Deus neste ponto mediante a Pessoa e a obra de Cristo, mas jamais separa a obra da Pessoa. Ele crê no Senhor Jesus Cristo, o Cristo abrangente, sem modificação ou reserva, e recebe e goza assim tudo o que Ele fez na Sua obra de redenção, tudo o que está fazendo agora no céu a favor dos seus, e tudo o que opera neles e através deles.
Aceitar Cristo é conhecer o significado das palavras: "pois, segundo ele é, nós somos neste mundo" (1 João 4:17). Nós aceitamos os amigos dEle como nossos, Seus inimigos como inimigos nossos, Sua cruz como a nossa cruz, Sua vida como a nossa vida e Seu futuro como o nosso.
Se é isto que queremos dizer quando aconselhamos alguém a aceitar a Cristo, será melhor explicar isso a ele, pois é possível que se envolva em profundas dificuldades espirituais caso não explanarmos o assunto.

segunda-feira, 21 de março de 2011

Aprendendo da História dos Avivamentos

Aprendendo da História dos Avivamentos
por
Frans Leonard Schalkwijk
Estamos vivendo numa época em que muitos membros das nossas igrejas oram: "Aviva a tua obra, ó Senhor, no decorrer dos anos."(1) Talvez não se expressem exatamente com estas palavras, mas de fato almejam um avivamento autêntico. Outros se arrepiam imediatamente quando ouvem falar do assunto. Não é que não queiram que as igrejas sejam vivas e dispostas para a obra do Senhor; ao contrário. Mas avivamento? Já passamos por tanta confusão, tribulação e separação amarga. Não seria melhor evitar o assunto? Neste artigo estudaremos um pouco da história para ver se podemos descobrir algumas lições para os dias de hoje. Não é possível repetir a história, mas podemos aprender com ela.
As nossas igrejas no Brasil foram plantadas por missionários da Igreja Presbiteriana dos Estados Unidos. Nesse país também houve várias épocas de avivamento com bênçãos e problemas incontáveis. Vamos perguntar à nossa mãe espiritual: "Conte, mamãe, como é que foi?" Voltemos, então, para a época que entrou na história como o "Grande Despertamento" (Great Awakening, 1739-1745).

I. O Presbiterianismo na América do Norte

O Brasil foi descoberto em 1500. Foi na época em que Portugal e Espanha começaram a navegar pelos oceanos e fundar o seu império ibérico. Somente um século mais tarde nações protestantes começaram a zarpar pelos oceanos, depois que foi quebrada a espinha dorsal marítima da Espanha com a derrota da sua Armada (1588). A Inglaterra implantou colônias na América do Norte, sendo Virgínia a primeira (1607), com a Igreja Anglicana como a igreja oficial.(2) Os holandeses fundaram Nova Amsterdã (1614) com sua Igreja Reformada (mas os ingleses capturariam a colônia cinqüenta anos depois, rebatizando-a como Nova York). Os "Pais Peregrinos" foram para o nordeste do continente (1620) e estabeleceram fortes colônias congregacionais.
Por volta de 1700 havia muitas famílias presbiterianas espalhadas por todas as colônias, especialmente escocesas-irlandesas, e em 1701 um jovem pastor do nordeste da Irlanda, Francis Makemie, iniciou o seu trabalho itinerante de Nova York até as Carolinas.(3) Ele é considerado o "pai do presbiterianismo americano," tendo organizado igrejas e até consagrado ministros. Era um homem preparado para o trabalho de Deus: conversão clara, chamada consciente, visão ampla, santificação constante e disposição incansável. O Senhor abençoou o seu trabalho. Muitas igrejas foram organizadas e já cinco anos depois o presbitério reuniu-se pela primeira vez em Filadélfia. No ano seguinte, Makemie foi preso por ter pregado em Nova York. Ele defendeu o seu próprio caso, que ficou famoso na jurisprudência sobre a liberdade religiosa. Foi absolvido, mas adoeceu gravemente devido à permanência no calabouço e foi promovido à glória. Porém, o crescimento continuou e em 1717 organizou-se o primeiro sínodo. Foi adotada a ordem eclesiástica da Escócia, e também o seu selo e lema: Nec Tamen Consumebatur.(4)
Apesar do crescimento numérico das igrejas em geral, a situação religiosa nas colônias não era boa. Muitos colonos viviam longe das igrejas e, pior ainda, da Palavra de Deus. Nos lares crentes de fato havia leitura bíblica e o catecismo era decorado, mas por outro lado existiam muitos obstáculos à santificação, mormente a embriaguez... até entre pastores. É que os colonos eram pobres, e os preços dos produtos da lavoura muito baixos, a não ser que pudessem ser industrializados. Os escoceses sabiam fazer isto, só que não conseguiam vender o whisky a tempo. Nesse caso, o pastor podia ser pago em espécie e, chegando em casa depois de uma longa cavalgada numa tempestade de neve, era tentado a tomar uns tragos. E havia outros problemas. Portanto, não é de estranhar que algumas pessoas reconhecessem que a igreja precisava ser purificada para tornar-se realmente uma igreja puritana. E essa purificação devia começar com o corpo ministerial.(5)
Havia algumas escolas para preparação de pastores no nordeste americano, tais como Harvard e Yale, mas infelizmente nem sempre zelavam pela ortodoxia e pela ortopraxia. Além disso, as distâncias eram grandes e as despesas altas. Então, recorreu-se ao sistema conhecido na Irlanda do Norte, em que candidatos ao ministério eram treinados na casa de um ou outro pastor com o dom de mestre. Um desses foi o velho Rev. William Tennent, que preparou uns poucos jovens para o ministério sagrado, entre eles seus próprios filhos, no seu humilde "colégio de toras" (Log College).(6) O casal Tennent era um exemplo de piedade e o próprio George Whitefield, depois de visitá-los, comparou-os a Zacarias e Isabel. A sua oração diária era pela "purificação dos filhos de Levi."(7) A conversão era absolutamente necessária (inclusive para os presbiterianos) e essa conversão devia ser visível.

II. O Grande Despertamento, 1739-1745

Essa ênfase na pregação tinha sido (re)iniciada naquela região por "Dominie"(8) Theodore J. Frelinghuysen, o pastor de uma das Igrejas Reformadas holandesas, que eram muitas por causa da antiga colonização holandesa e que continuaram a crescer mesmo depois da conquista de Nova Amsterdã pelos ingleses.(9) Nesse sentido, o Rev. Theodore era herdeiro de uma ênfase do puritanismo holandês, que por sua vez tinha recebido muita influência do puritanismo inglês(10) não somente uma doutrina e fé bíblicas, mas também uma ética e comportamento bíblicos. Quando, pois, o jovem ministro Gilbert Tennent começou a pregar como o seu colega reformado (1733), isso não foi algo estranho ao puritanismo presbiteriano americano.(11) Ao mesmo tempo, o Senhor estava operando nas Igrejas Congregacionais do nordeste americano (1734) e algum tempo depois o Rev. Jonathan Edwards pregou o seu célebre sermão "Pecadores nas mãos de um Deus irado" (1741).(12) Na Inglaterra, a pregação de George Whitefield e de John Wesley levou muitas pessoas ao Senhor, e quando Whitefield fez uma campanha evangelística nas colônias (1739-1741), em dois anos mais de trinta mil pessoas foram ganhas, ou seja, 10% da população americana da época.(13)

Apesar desses resultados positivos, houve problemas humanos, como sempre ocorre quando o Senhor dá a sua bênção. Vários pastores não souberam controlar a sua língua. A gritaria de um certo James Davenport passou tanto dos limites, que até os seus correligionários o consideraram mentalmente fraco. O próprio Gilbert Tennent abusou da palavra. Em 1740 ele pregou uma mensagem com um título apropriado sobre os perigos de um ministério não convertido, mas com um vocabulário por vezes muito veemente, referindo-se aos colegas como "cães mortos" e outros termos negativos. Não era incomum o uso de linguagem violenta, mas o impacto do sermão de Gilbert foi mais amplo pelo fato de ter sido impresso.(14) Também puderam ser observados vários desvios teológicos, tais como: a Lei não se aplicaria aos crentes; se alguém não sabia quando estivera sem Cristo, não poderia ser considerado convertido; se alguém não sentia o sopro do Espírito Santo como um vento verdadeiro, seria um crente carnal. Algumas irregularidades contra a ordem presbiteriana também azedaram as relações eclesiásticas, já tensas por causa da frieza, zombaria e forte oposição dos tradicionalistas e de um certo radicalismo e farisaismo dos avivados, afetando ambos os grupos como um vírus maligno.

III. O Cisma Presbiteriano, 1741-1758

Infelizmente as tensões aumentaram tanto durante a época do Grande Despertamento, que ocorreram divisões no corpo de Cristo.(15) O cisma na Igreja Presbiteriana começou em 1741. No início do sínodo daquele ano um grupo de doze ministros apresentou um documento chamado "Protestação," que simplesmente declarava que os avivados não tinham lugar "neste concílio de Cristo." Sete dos "protestadores" pertenciam ao Presbitério de Donegal, que havia se tornado uma foco de oposição, e quatro deles deviam ser afastados do ministério por causa de problemas graves. Dizendo-se leais a Cristo, praticaram uma lealdade dúplice por causa do seu corporativismo.(16) Alegando apoio na Constituição Presbiteriana, pisaram o direito eclesiástico. O grupo de tradicionalistas ficou conhecido como a "Ala Velha" do Sínodo de Filadélfia, e os avivados como a "Ala Nova" do Sínodo de Nova York.(17)

A Ala Nova é mais conhecida por causa do seu trabalho evangelístico. Em primeiro lugar, pelo esforço missionário transcultural de homens como o Rev. David Brainerd, que nos deixou o seu conhecido diário.(18) Brainerd havia sido expulso do curso teológico de Yale por afirmar que um certo professor não tinha mais da graça de Deus do que uma cadeira. Depois da sua ordenação, David trabalhou incansavelmente durante quatro anos entre os indígenas, até sucumbir à tuberculose na casa do seu futuro sogro, o Rev. Jonathan Edwards. Poucos meses depois, a sua noiva Jerusha também faleceu vitimada pela mesma enfermidade (1748).
Menos conhecido, mas não menos importante, foi o trabalho de "missões nacionais" da Ala Nova. Samuel Davies, também formado num "colégio (teológico) de toras," implantou o trabalho presbiteriano na região de Richmond, na Virgínia (1747-1759), que resultou no primeiro presbitério do sul, o de Hanover (1755). Não somente pregou aos colonos europeus, mas também aos escravos africanos, que gostavam de cantar salmos em sua cozinha. No seu diário ele anotou que de vez em quando acordava com uma torrente de melodias celestiais. Davies teve o privilégio de batizar uns 150 deles. Nessa época, Jonathan Edwards, que era presidente do colégio teológico de Princeton, veio a falecer por causa da varíola. Davies foi chamado para substituí-lo, mas também faleceu depois de dois curtos anos. Colocaram no túmulo desse servo, que pregava como o embaixador de um rei poderoso, uma frase de um dos seus 600 hinos: "Inspira a minha alma, ó graça real, e toca meus lábios com fogo celestial."(19)
Um problema muito interessante era a tensão entre educação e missão. O fato era que as igrejas, congregações e pontos de pregação se multiplicavam, mas havia falta de pastores para atender aqueles vastos campos. Não é que os presbiterianos não tivessem visão, mas havia falta de obreiros por causa das rigorosas exigências na educação teológica, o que diminuia o número dos que podiam estudar. Mas os que conseguiam fazer o curso teológico saíam como homens bem preparados. Quando chegavam aos seus campos de trabalho, freqüentemente na então fronteira colonial, eram bem-vindos como pastores e também como professores, porque eram as pessoas mais educadas da comunidade. Os colonos pediam que o pastor ensinasse seus filhos.(20) Mas o bom era o inimigo do melhor, porque uma vez envolvidos no ensino diário, mal sobrava tempo para visitarem as congregações espalhadas, que às vezes perdiam o contato com a igreja presbiteriana e filiavam-se a outras denominações.(21)

IV. A Reunião, 1758

Depois de dezessete anos, as duas alas conseguiram restabelecer a paz. Uma das alavancas foi o sofrimento comum causado pela guerra contra os franceses. O restabelecimento da união também foi possível porque ambos os lados haviam permanecido presbiterianos na doutrina e os renovados não tinham rejeitado o batismo dos filhos da aliança.

Porém, o mais importante é que o clima havia se tornado mais ameno, basicamente por existir mais humildade nos dois lados. Os tradicionalistas ainda tinham certas restrições, mas reconheceram que de fato houve muitas conversões sinceras e permanentes. Também admitiram ser necessário que os pastores (e conseqüentemente os candidatos ao ministério sagrado), tivessem uma experiência religiosa, e não somente uma fé formal.(22) Os avivados, por outro lado, sentiam ainda um profundo desejo de pregar em todo e qualquer lugar, mas reconheceram que erraram algumas vezes ao invadirem campos pastorais de colegas tradicionalistas sem serem convidados, não respeitando assim as normas constitucionais. Também reconheceram que as suas línguas não haviam sido batizadas pelo Espírito Santo quando usavam certas expressões pejorativas ao referirem-se aos seus colegas. Insistiram que o avivamento era uma obra santa do Senhor, mas admitiram que houve falta de discernimento espiritual, pois os convertidos que apresentavam reações físicas (como arrepios, gritos, desmaios, etc.), mas sem os frutos do Espírito Santo, estavam seriamente iludidos. E a Lei do Senhor era sem dúvida uma norma de gratidão para a vida do crente convertido. As duas correntes uniram-se novamente, sendo o próprio Gilbert Tennent o maior defensor dessa reunião.(23)
Porém, a paz entre os dois grupos deve ter sido um pouco difícil, especialmente para os da Ala Velha, por causa da maioria numérica da Ala Nova. No começo do cisma os avivados eram uma minoria, mas cresceram muito durante os anos da separação.(24) Um pouco de estatística pastoral demonstra isto claramente: em 1741 a Ala Velha tinha 27 pastores e a Ala Nova 22; em 1758 a Ala Velha tinha 23 pastores e a Ala Nova 73.
De fato, foi como o historiador Trinterud afirmou: "Two sides, two tides" (duas alas, duas marés).(25) Mas qual teria sido a causa dessa diferença tão patente? Muito se tem discutido. A Ala Velha insistiu que os avivados tinham sido beneficiados pela imigração e fundos do Velho Mundo, mas assim também o foram os tradicionalistas. Talvez tenhamos de lembrar a distinção entre causas diurnas, patentes a todos, e causas noturnas, ocultas à maioria.(26) Embora a Ala Velha também tenha feito algo pelas missões nacionais, a "causa diurna" do crescimento maior da Ala Nova deve ter sido o trabalho evangelístico mais intenso e mais descentralizado dos irmãos avivados, as missões sendo sempre um índice preciso do avivamento autêntico.
E existiria ainda alguma "causa noturna"? Cremos que sim. O fato é que o avivamento real procura maior santificação em todos os setores da vida, começando pelo individual. Faltando essa característica essencial, o avivamento não passa de emoção litúrgica. Sem dúvida, no início a Ala Velha não reconheceu essa necessidade premente de santificação, focalizando suas críticas em aspectos mais circunstanciais. Dos doze "protestadores" que iniciaram o cisma expulsando os avivados, quatro tinham problemas morais e, no fim desse período, mais quatro, ou seja, ao todo dois terços do mesmo grupo! Em virtude do "corporativismo," os seus presbitérios faltaram com a disciplina fraternal. Sim, infelizmente a "causa noturna" mais provável por que o braço tradicionalista da Igreja Presbiteriana americana murchou até mesmo durante o "Grande Despertamento" foi a falta de santificação, santificação esta que é o alvo do Espírito Santo em cada efusão especial do poder do alto, para que a igreja seja testemunha no tempo e no lugar onde Deus a colocou na história.

V. Dia da Renovação da Aliança

Devemos ainda acrescentar um parágrafo sobre as lições espirituais que emanam desse período, à luz das Escrituras? Calvino certa vez disse o seguinte sobre aqueles que querem tirar uma série de aplicações de um texto bíblico: "A Escritura é frutífera em si mesma." Parece que as lições históricas neste caso são óbvias. E cada um de nós deve aplicá-las à vida, dependendo da nossa posição no processo histórico atual. Oremos para que aprendamos a andar em humildade, a fim de não perdermos o verdadeiro avivamento, não promovendo um avivamento pelo esforço próprio, nem rejeitando as bênçãos incontáveis da obra do Senhor.

"Avivamento" é uma palavra muito bíblica, significando reviver. Não deveríamos perdê-la por causa de abusos. O conceito de avivamento também é muito bíblico: retornar ao Senhor, humilhar-se e começar a ter uma vida purificada, produzindo mais frutos do Espírito Santo.(27) Não devíamos perder o conteúdo por causa de uma palavra. Se não quisermos usar a palavra "avivamento," para nós da tradição reformada uma expressão como "Renovação da Aliança" ajudaria muito a entender o que o Senhor quer de nós. Aquela súplica — "Aviva a tua obra, ó Senhor, no decorrer dos anos" — é uma oração ensinada pelo próprio Espírito Santo. E o Senhor nos convoca a renovarmos a aliança que ele estabeleceu conosco, renová-la em todos os seus aspectos. Um dia especial para enfatizar essa renovação da aliança pode ser para nós presbiterianos o dia do aniversário da nossa igreja, 12 de agosto. Ou talvez o dia de Pentecoste, o dia do aniversário da igreja universal. Mas, qualquer dia que seja, seria um dia de oração e jejum para que o Senhor não nos lance fora, ao contrário, nos use, não para o nosso próprio triunfalismo oco, e sim para a sua glória, para a salvação de muitos perdidos, e para a santificação e edificação da igreja, a fim de que ela seja sal da terra e luz neste mundo tenebroso, como é o desejo profundo de todo verdadeiro presbiteriano.

quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

A IMORTALIDADE DA ALMA, O OUTRO LADO DA VIDA

A IMORTALIDADE DA ALMA, O OUTRO LADO DA VIDA

INTRODUÇÃO

A alma é mortal, ou imortal? Tem ela parte na morte do corpo? O que realmente acontece depois que morremos? Estão os mortos conscientes? Esta pesquisa, que faz parte da metafísica, do ultra obvio, tem dois grandes fundamentos. O dualismo e o holismo. Definimos holismo como sendo a teologia que nega a existência da alma após a morte, pois essa morre junto ao corpo, e só voltará, na segunda vinda de Cristo.
No ponto de vista dualistico, o homem; segundo essa teologia, é formado por um corpo material e mortal, e uma alma imaterial e imortal. Por ocasião da morte, a alma se desprenderia do corpo, e sobreviveria a morte em algum lugar, o mais esperado, o céu. Essa teoria é comumente chamada de "crença popular", e é a que mais é ensinada pelas igrejas, porém não aceita por alguns pensadores da área de teologia. Julgam que alguns consideram mais importante a vida espiritual da alma, do que a vida física do corpo. Este pensamento segundo alguns teólogos, tem fundamento no dualismo Platônico, e já surgiram muitos outros que firmaram suas convicções com base nessa teologia. Citamos o mestre cristão, fundador de uma escola gnóstica, rival do cristianismo. Nascido em Sinope, na Ásia menor em 144, foi expulso da igreja de Roma por causa de seus ensinos. Fundou uma nova igreja que cresceu rapidamente, e que perdurou até o V século. Ensinou um dualismo, que é a base teológica do gnosticismo.
Firmado na teologia de que a matéria é má, (corpo) Marcion, ensinou uma espécie de ascetismo, ou seja, de que o cristão deve evitar tanto quanto possível o uso das coisas deste mundo. Historicamente esse ponto de vista dualístico tem retratado os santos como pessoas que dedicam primeiramente á vida contemplativa, desligando da vida ativa, secular, uma vez que o cultivo da alma tem sido mais importante do que o cuidar do corpo. Nos relatos de Samuele Bacchiocchi, ele narra o assunto citando um exemplo em seus últimos anos na Universidade Pontifícia Gregoriana de Roma. Alguns colegas de classe, na maioria monges, sacerdotes, iam primeiro para a capela, para cultivarem sua alma mediante oração e meditação. Depois iam até o bar no final do corredor para entoxicar seus corpos, com bebidas e cigarros, por que o que faziam, não afetava a salvação de suas almas.
A idéia que traz o dualismo, é a salvação da alma, pois o corpo seria o que "detém" a alma para alcançar a plenitude da felicidade, sendo esta terrena.
Segundo alguns teólogos, o evangelho não nos dá base para uma doutrina de redenção que salva somente a alma a parte do corpo. Ela faz parte do corpo, e no último dia, ressuscitará com o próprio corpo.
O dualismo para alguns teólogos que defendem a teoria do holicismo, tem algumas implicações doutrinárias, como por exemplo, a vida consciente após a morte, a oração pelos mortos, religação da alma quanto a ressurreição, o tormento eterno no inferno, visão etérea no paraíso, onde habitarão as almas na eternidade, etc. Para esses teólogos, isso tem enfraquecido a expectativa da segunda vinda de Cristo, pois, se quando morremos, vamos direto para o paraíso, dificilmente haverá uma expectativa para a vinda de Cristo. Na Bíblia, a esperança do advento é; a reunião dos crentes em seus corpos e Cristo glorificado. Dessa reunião, resultará uma transformação radical que afetará a humanidade e a natureza, e não a imortalidade da alma e o gozo celestial imediatamente após a morte. Veremos agora, um estudo que nos dá um conhecimento mais apurado sobre o assunto.

1. A IMORTALIDADE DA ALMA

O dualismo que Marcion pregava, era uma heresia. Paulo deixa claro que o nosso corpo é santuário do Espírito Santo, ( 1 Co 6:12-20).e que, enquanto vivermos aqui neste mundo, devemos glorificar a Deus em nosso corpo. Portanto veremos que o dualismo, como alguns julgam este assunto, é antes bíblico referente a separação da alma do corpo. Comecemos pela formação do homem, onde a palavra alma é registrada pela primeira vez. A Bíblia nos relata em Gênesis, que quando Deus criou o homem, soprou-lhe nas narinas, o fôlego de vida. Depois este passou a ser alma vivente ( Gn 2:7) A diferença entre todas as criações e o ser criado homem, é que Deus lhe soprou o "fôlego" de vida diretamente. Notemos que os animais, Deus não soprou em suas narinas. A eles chamou-os de criaturas que vivem e se movem ( seres viventes). Os seres humanos possuem portanto algo que veio diretamente de Deus, e a isto é chamado alma. No hebraico, "nephesh" tem o significado de ego, vida, pessoa, coração, refere-se a essência da vida, o ato de respirar, tomar fôlego. No grego; "psyche" significa vida natural do corpo, a parte imaterial, invisível do homem, homem interior. Uma outra palavra, que traz também assuntos discutidos como dicotomia, tricotomia, etc., é a palavra Espírito. Tem significado semelhante, e na Bíblia, parece não fazer uma distinção entre ambas. No Hebraico "ruach" significa, respiração, ar, força, vento, ânimo, humor. Vejamos alguns exemplos que a Bíblia nos traz referente a essa palavra: " E (Sansão) bebeu (água); e o seu espírito, (aqui literalmente, respiração), tornou e reviveu" Jz15:19 "E expirou toda carne que se movia sobre a terra". Tudo o que tinha fôlego de espírito em seus narizes" Gn 7:21-22). Podemos concluir que os animais também possuem esse "espírito" (respiração), porém o homem recebeu o "fôlego" direto de Deus.
Como havíamos começado a discussão, o homem é formado por uma parte material e mortal, e uma parte imaterial e imortal. Esta separa-se do corpo na hora da morte. Veremos o que diz Ecl. 12:7: "e o pó, volte a terra, como o era, e o espírito, volte a Deus que o deu"( Na Bíblia vida nova traz no rodapé: " e o espírito e a alma, volte a Deus que o deu") dando a entender como uma só) Isto mostra que a alma, é imortal, e não morre com o corpo, como alguns pensam, nem com ele dorme na sepultura. ( visão contrária holística).
Vejamos outro exemplo: "e não temais os que matam o corpo, e não podem matar a alma; temei antes aquele que pode fazer perecer no inferno tanto a alma, como o corpo" Mt 10:28. Seus discípulos sabiam que a morte não era o fim de tudo. Herodes podia degolar João Batista, mas não extinguir sua alma.
Em Lc 16:19-31, vemos a narração da parábola; " O rico e Lázaro", Jesus não deixa dúvida quanto a imortalidade da alma, pois diz o texto que o rico morreu e foi sepultado, mas a Lázaro foi levado pelos anjos para o seio de Abraão, onde habita as almas daqueles que morrerão em Cristo. O apóstolo Paulo, sabendo dessa revelação, diz; " para mim o viver é Cristo, e o morrer é lucro". (Fp 1:21-23). Que lucro teria Paulo em receber algo, da parte de Deus, se a sua alma não tivesse tal destino? Vemos que essa promessa, o ladrão que foi crucificado com o Senhor, recebeu do próprio Jesus. " ainda hoje" ( não amanhã, ou quem sabe um dia) estarás comigo no paraíso" Lc 23:39-43. Lembramos que Estevão, também disse: " Senhor Jesus, recebe o meu espírito" Atos 7: 59.

2. APÓS A MORTE A ALMA CONTINUA EXISTINDO

Vemos uma passagem interessante no livro do Apocalipse: " E havendo aberto o quinto selo, vi debaixo do altar, as almas dos que foram mortos por amor a palavra de Deus" Ap 6:9-10. Estes clamavam por justiça. Outro texto Ap 20:4 diz: " Vi ainda as almas dos decapitados por causa do testemunho de Jesus..". A imortalidade da alma, está porém provada! Vejamos o que o Senhor Jesus diz em Mt 10:28 " E não temais os que matam o corpo e não podem matar a alma.." Alguns alegam aqui que; o que não podem matar é o ego, a mente. Tal explicação não tem fundamento. Quando se fala que "temei aquele que tem poder para lançar no inferno a alma e o corpo, revela sofrimento eterno e não extinção da alma. Vejamos a passagem de Ez 18:4-20. " A alma que pecar, essa morrerá" Significa aqui a morte espiritual, eterna separação de Deus, pois diz Rm 6:23, que o salário do pecado, é a morte. Os que estão mortos em seus pecados, estão afastados de Deus. Estes sofrerão eterno castigo.( Ap 21:8 ).
Em 1Tm 6:16, diz: O único que possui imortalidade, que habita em luz inacessível, a quem homem algum jamais viu.." Entende-se aqui, o imortal , como sendo eterno, criador, não tem começo e não tem fim, diferente do homem, pois o homem é mortal, pois tornarás ao pó. Mas a alma, é eterna , essa voltará a Deus que o deu" Ec 12:7.

3. COMO SERÁ NA RESSURREIÇÃO

Na ressurreição dar-se-á uma recomposição do homem; o corpo encontrar-se-á com a alma, e o homem volta á vida. Mas para que ressuscitariam (Atos 24:15) estes que já estão com o Senhor? No evangelho de João 5:28-29, diz: " os que tiverem feito o bem, para a ressurreição da vida, e os que tiverem praticado o mal, para a ressurreição do juízo" Em Dn 12:2, lemos: "Muitos dos que dormem no pó da terra, ressuscitaram, uns para a vida eterna, e outros para vergonha e horror eterno" Ap 20:10 anuncia que os forem lançados no lago de fogo, serão atormentados dia e noite. No caso dos ímpios, no dia do juízo, cada um ressuscitará e receberá da parte de Deus o seu castigo, quanto aos justos, terão um corpo semelhante ao do Senhor Jesus, pois Paulo nos adverte dizendo que o nosso corpo mortal se revestirá de imortalidade. 1 Co 15:54
Em 2 Co 5:1-10, Paulo afirma que após a dissolução deste corpo terreno, e transitório, o crente receberá da parte de Deus, um corpo eterno, celestial e isso se dará na ressurreição. Existe uma outra teologia a respeito dos ímpios, que diz que estes serão exterminados. Mas, isso não sucederá, pois os ímpios segundo Jo 5:29, serão condenados. Ap 14:11, diz que não haverá descanso, e serão atormentados dia e noite. Mt 24:51, diz que os hipócritas serão punidos severamente onde haverá choro e ranger de dentes. Isto reprova a idéia do extermínio dos ímpios, pois morto, não chora, não sente, não sofrem. Deus os ressuscitará para vergonha eterna, Dn 12:2, e não para extermina-los. Lembramos que Deus criou o homem para ser eterno, por causa do pecado, este passa pela morte, mas a vida depois da morte continua, uns para com Deus, outros para sofrimento, afastados da glória do todo poderoso.

4. OS MORTOS ESTÃO DORMINDO?

A palavra "dormir" na Bíblia, tem sido usada para afirmar que os mortos estão num estado de inconsciência, e que a alma, após a morte, deixa de existir. Vejamos alguns textos: " Não queremos, porém, irmãos que sejais ignorantes acerca dos que "dormem".....1 Ts 4:13. Primeiro, o estado dos mortos, é de plena consciência, Lc 16:27-28. Segundo, "dormir", refere-se ao corpo, porquanto a parte imaterial não morre, nem dorme. Lembremos de Lc 23:43. Seu corpo, morreu crucificado, então quem estaria com Jesus no paraíso naquele dia? A sua alma, não dormiu, mas subiu para junto do Pai. No grego a palavra " dormir" " Koimaomai", é usada no sono natural Mt 28:13; da morte do corpo, daqueles que morrem em Cristo Mt 27:52. Vejamos que esse versículo deixa claro que, quem dormia no sepulcro era o corpo. Portanto, a palavra é usada para assemelhar a aparência entre o corpo dormente, e um corpo morto, mas sua alma não deixa de existir. Em Dn 12:2, os mortos estão descritos como os que "dormem no pó", porém sendo inaplicável para a alma do próprio, pois o corpo volta ao pó e o espírito, ( aqui retratando como parte imaterial- alma) retorna á Deus que o deu" Ec 12:7. Lembramos também, que o significado de espírito e alma na Bíblia, não tem uma distinção correta, como foi tratado no início desse trabalho. A Bíblia ensina que ao morrermos a alma separa do corpo, num estado de consciência, portanto quando a Bíblia fala de "silêncio", esquecimento, está se referindo ao corpo. Vejamos o que Salomão nos diz a respeito. " Porque os vivos, sabem que hão de morrer, mas os mortos não sabem coisa nenhuma...,e sua memória jaz no esquecimento" Ec 9:5. O próprio Salomão nos diz onde se dá essa falta de "memória" Leiamos: "Tudo o que te vir á mão para fazer, faze-o conforme as tuas forças, por que no além, ( sepultura, Sheol) para onde tu vais, não há obra, nem projeto, nem conhecimento, nem sabedoria alguma. Ec 9:5-10.
Outro aspecto da consciência dos mortos ocorre no Evangelho de Mateus 17:1-9. Moisés apesar de haver morrido a mais de mil anos apareceu em sã consciência e conversou com Jesus na transfiguração, estando presentes Pedro Tiago e João. Todos os justos que morreram estão na presença do Senhor, "Porque Deus, não é Deus de mortos e sim de vivos" Mateus 22:32. Eles continuam como vivos para Deus, e aguardam o momento glorioso da redenção do corpo, quando enfim a morte será vencida.
Conclusão: a parábola do rico e Lázaro aprendemos:
1º) É que na morte o espírito separa do corpo e estes vão com o Senhor;
2º) É que o estado de tormento ou de bem-aventurança após a morte é um estado consciente e irreversível;
3º) É que os espíritos dos mortos não podem sair de onde estão para auxiliar os vivos;
4º) O meio eficaz de salvação, é crer em Jesus e na sua Palavra.

5. PARTE CIENTÍFICA A RESPEITO DA DA VIDA APÓS A MORTE

Vimos que na Bíblia a alma permanece viva e consciente, uns usufruindo do favor de Deus, outros em tormentos. Lucas 16:19-31.
Agora veremos alguns relatos que podem ser citados pelo Dr. Moody, que foi o pesquisador inicial da EQM. Esses casos citados, são de algumas pessoas ( mais de mil casos) que morreram e depois voltaram. Este tema ainda reuniu muitos pesquisadores, médicos, céticos que ao perceberem a natureza de relatos de crianças e adultos mudaram sua perspectiva, escrevendo as seguintes obras:
"Life at death" escrito pelo psiquiatra Kennedy Ring
"Closer to the Ligth" mais próximo da luz escrito pelo pediatra americano Dr. Melvin Morse
"Vida após Vida" Dr. Raymond Moody
"Lembranças da Morte" Dr. Michael Sabom
O primeiro caso de morte temporária observada em 1982, narrado pela menina Catarina de 9 anos que havia se afogado numa piscina. Catarina contou que no período em que esteve morte clinicamente encontrou uma adorável senhora "Elizabeth" que a acolheu com muito carinho a sua alma e conversou com ela. Dr. Melvin Morse até então não acreditada tudo quanto era espiritual. Este relato o surpreendeu e decidiu estuda-lo profundamente.
Dr Raymond Moddy Jr. , se interessou pela primeira vez no assunto quando ouviu um relato de um homem chamado George Ritchie, que havia "morrido" num hospital militar e que miraculosamente voltara a vida, mais tarde com o exercício da profissão ele começou a perceber que relatos como esse eram mais freqüentes do que imaginava, entusiasmado ele escreveu "Vida depois da Vida" ( o qual escreveu após de juntar mais de 1000 relatos), posteriormente escreveu outro livro com novas pesquisas chamado "A Luz do Além" que tenta se aproximar da religião que tivesse a doutrina mais condizente com as EQM, e de fato ele encontra. O DR. Moddy deu o primeiro passo, ouve vários documentários sobre seu trabalho, e muitos outros pesquisadores iniciaram trabalhos sobre EQM, tem surgido até alguns filmes no cinema que usam as descobertas citadas por Moddy, como Ghost (Patrick Swize e Demy Moore), Linha Mortal (Kiefer Shuterland, Julia Roberts, Willian Baldwin), Cidade dos Anjos (Nícolas Cage e Meg Rayan), Amor Além da Vida (Robin Willians).
O pastor Kenney E. Hagin, diz ter sobrevivido uma experiência de vida pós morte. Em abril de 1933, quando vivia no estado do Texas, seu coração parou e a sua alma saiu do corpo. Ele diz: Eu comecei descer cada vez mais e quanto mais eu descia, mais escuro e quente ficava. Depois comecei a distinguir as paredes das "cavernas" o brilho de alguns fogos tenebrosos, provavelmente do inferno, até que uma grande labareda puxou-me. Tendo alcançado o fundo do precipício, eu senti a presença de algum espírito, que começou a guiar-me. Nessa hora, por sobre as trevas do inferno, soou-se uma voz majestosa. Não entendi o que foi dito, mas senti que era a voz de Deus. A força desta voz, fez tremer todo reino das trevas, como folhas de árvore que tremem com a força do vento. Aos poucos surgiu a luz terrena. Eu estava de novo no meu quarto, e "pulei" dentro de meu corpo. Depois de certo tempo, tornei me pastor e dediquei a minha vida a Deus.

6. O QUE A ALMA VÊ DURANTE A EXPERIÊNCIA DA MORTE

Reunindo os relatos das pessoas que sobreviveram a morte clínica, emerge o seguinte quadro ao separar-se do corpo. Depois do desfalecimento, ela vê seu corpo inerte, deitado abaixo dela ( figura abaixo ). Essas imagens inesperadas provocam um grande choque par alma. Suas capacidades continuam funcionando normalmente (ver, ouvir, pensar, sentir) ela tenta comunicar-se, mas logo percebe que seu mundo é diferente. Sua sensação agora é de puro alívio e alegria ( figura abaixo). Dependendo do tempo da EQM, algumas almas vão adiante para o mundo espiritual. Vêem túneis, escuridão enquanto outras vêem grande beleza, e as vezes encontram parentes que já morreram. Algumas vão para uma região de luz, e conversam com um ser de luz. Estes afirmam ser Jesus, outros anjos. Outras almas visitam lugares tenebrosos e vêem seres cruéis como monstros e demônios. Uma outra experiência narrada por vários casos é que o encontro com o ser de luz é acompanhado de uma revisão de sua vida passada lembrando seus atos. Depois vêem algo como uma fronteira, e sentem-se que, se passar por ela, nunca mais voltaram ao mundo físico. Segundo dados do Dr. Ring, uma de cada sete pessoas viu a luz e conversou com o ser de luz. Os livros religiosos mais antigos, também narram essas experiências, relatando sobre a aparição de almas dos mortos, visões no paraíso ou no inferno e encontros com anjos ou demônios.
Esses relatos podem ser chamados de "descrições do cosmo distante" já que se trata do mundo espiritual distante de nós. Ainda esses relatos nos proporciona a possibilidade de entender com clareza aquilo que espera cada um de nós.
Alguns desenhos abaixo, nos dão uma idéia melhor a respeito do assunto:


 
Visões do nosso mundo por almas desincorporadas, é um dos testemunhos freqüentes.



Outras visões freqüentes relatadas por sobreviventes á morte clínica. Ver o seu próprio corpo inerte. Isso choca a alma, quando esta percebe que não faz parte desse mundo.

Um outro relato é o de K. Ixcul um jovem russo que foi batizado desde criança e cresceu no meio ortodoxo. Era indiferente a religião e somente participava das festas religiosas. Para ele a existência do homem terminava com a morte (visão holística). Doente de pneumonia certa vez sua doença agravou-se e depois de ter sido internado sentiu-se curado. Para seu espanto os médicos ficaram preocupados e trouxeram-lhe oxigênio. O médico faz uma pergunta, e ele diz: eu entendo mais não respondo. De repente fui puxado para baixo, para terra, por uma força enorme. Então comecei a me agitar e sentia muita agonia. Depois de muito esforço para me libertar senti-me leve, então senti paz. Quando vejo estou em pé no meu quarto a minha direita vi um círculo em torno da cama eram os médicos e enfermeiras. Então pensei: estou aqui não lá. Deitado sobre a cama estava eu. Ao ver o meu "doble" me assustei. Não conseguia tocar ninguém, como pode? Será que eu morri? Eu me sentia mais vivo do que antes. Comecei a ouvir os médicos discutirem a respeito da minha morte. Logo, apareceram dois anjos, pegando-me sobre os braços e levando-me para a rua e passando por entre as paredes, não sentia frio nem calor. Começamos a subir mais eu parecia insignificante nesse mundo infinito. Veremos a seguir algumas características da EQM.
Aspecto da alma: Quando a alma abandona seu corpo, ela não reconhece de imediato. As partes do corpo, que em casos de acidentes, como pernas, braços que foram perdidos, aparecem novamente nas visões. Os cegos voltam a enxergar, e quando sobrevivem a morte clínica, tornam cegos novamente. Alguns desses cegos, depois voltam a relatar as roupas dos médicos, aparelhos, que estavam sendo usados por eles.
Encontros: Com parentes, amigos já falecidos. Alguns deles, em terra, alegravam em reencontra-la. Estavam vestidos de branco. Percebe-se que lá eles não tem idade.
Linguagem da alma: Ocorrem por meio de pensamentos, por isso há dificuldade de relatar as conversas com o ser de luz, anjos, ou alguém que eles encontrem.
O retorno: Esse que voltam, relatam que ainda não era chegado sua hora, e que tinham uma missão especial. Muitos deles procuram uma qualidade de vida religiosa muito grande. Um dos relatos de um paciente do Dr. Moody " Eu tive um ataque cardíaco, e estava num espaço escuro, e sabia que estava morrendo. Eu pedi a Deus ajuda, e logo escapei da escuridão. Vi uma neblina a minha frente, e depois vi pessoas. Eram semelhantes as da terra. Tudo estava iluminado por uma luz dourada. Eu sentia alegria e queria passar pela neblina, mas aí apareceu o meu tio Carl, que havia morrido a muito tempo. Ele atravessou o meu caminho e me disse: " Volte". Depois entendeu que seu filho pequeno, não poderia ficar sem ele. A volta do corpo as vezes ocorre instantaneamente, as vezes por choque elétrico, ou técnicas de reanimação.

Outros relatos, pesquisados no site: www.geocites.com/havengarwp.
From:
Rodolfo
Date:
Sun, 2 Apr 2000 17:27:27 -0300
Subject:
EU PASSEI POR UMA E.Q.M. Exp. Quase Morte.

Meu nome e Rodolfo, tenho 35, SP/SP-Brasil. A mais ou menos 5 anos, em 1994, tive uma seria doença (Meningite Bacteriana e abcesso cerebral). Estava em serviço (Tec. Eletrônico de campo), dirigindo o carro da empresa com um colega, e já vinha a alguns dias me sentindo mal, quando de tanta dor de cabeça, desmaiei ao volante
do carro, e socorrido pelo colega ao hospital Emílio Ribas SP, a quem devo muito. Fiquei desacordado uns 10 dias, não me lembro de nada, quando voltei fiquei confuso com tudo Tc... Após 10 dias foi pedido exame de TOMOGRAFIA COMP. de cérebro, aplicaram em mim contraste (IODo), sou alérgico, e sofri choque anafilático. Comecei a inchar, perder a respiração e sentidos, pré-coma etc... passando a não sentir mais dores, do corpo, comecei a enxergar um TUNEL, cheio de luzes coloridas, e no fim uma luz muito forte clara. Senti uma ótima sensação de prazer e alivio, não queria voltar de "lá", quando voltei estava rodeado pelos médicos, que me diziam "Calma, calma me ressuscitaram, com drogas etc..., ai comecei a sentir tudo de novo, dores, agonia, melancolia.
Esta e minha historia, e espero ter colaborado de qualquer forma. Graças a Deus, Jesus, e a todos lá de cima ,agradeço .Grato. RODOLFO S.
Sou professor universitário, católico, casado, tive 3 experiências seguidas de morte clínica, após acidente com acido acetilsalicilico a que sou alérgico que não sabia. Fui socorrido para o hospital onde meu pai trabalhava e onde estava de plantão como cirurgião. O anestesista que o ajudou havia sido seu aluno de cirurgia e meu colega de ginásio, mas havia anos que não nos encontrávamos. Ele me reconheceu e ficou muito nervoso. Tive a passagem através do túnel para a luz. Não encontrei guia. Ouvi tudo o que se falava, e ouvi a instrumentadora dizer a meu pai:"doutor, o senhor fez o que pode, mas seu menino morreu", já tinha 30 anos, na época, casado há 2, e ela me conhecia. Não me chamava habitualmente de menino, mas de professor. Tentei falar e não consegui, tornei. 2 dias depois, tive novo
episódio, que se repetiu 3 dias depois. As sensações foram as mesmas, exceto o diálogo, e o fato de na 3a. vez o cirurgião ser um amigo nosso, já falecido atualmente, embora meu pai também estivesse presente no bloco cirúrgico. na 3a.vez,ouvi alguém dizer: "que pena. a família ainda precisa tanto dele." e alguém dizer. " de fato. volte!"

Análise de freqüência de EQM em 8 milhões de adultos (Pesquisa Gallup-EUA 1988)

26% Fora do corpo -Ocorrendo a morte clínica o espírito se solta do corpo -Sentimento de leveza
23% Percepção visual acurada -Pode se ver todas as pessoas na sala. -Você tenta falar com elas em vão. -Se um ente querido lhe vem a mente você se desloca instantaneamente até o lugar que ele se encontra.
17% Som ou vozes audíveis -Um som de coros, sinos, música distante, começa a tomar conta do lugar em que a pessoa se encontra.
32% Sentimentos de paz e quietude -Apesar da situação física complicada, a pessoa começa a se sentir tranqüila, como se tivesse deixado um enorme peso para trás.
14% Fenômenos de Luz - A pessoa começa a notar diferenças na iluminação, por exemplo: -A luz passa a ser vista desde o interior dos objetos e não mais refletida pelo exterior dos mesmos. -Enxerga-se combinações de cores não percebidas antes.
32% Recapitulação da vida -A pessoa começa a ver sua vida detalhadamente desde o nascimento até a hora em que ela morreu.
32% Sensação de estar em outro mundo -Jardins , edifícios, paisagens campestres, cercas, árvores, plantas, animais, pessoas, todos visíveis somente no espírito.
23% Encontro com outros seres -Muitos vêm parentes, amigos e seres luminosos ao seu redor.
9% A experiência do túnel -Logo que a pessoa percebe estar morta, ela sente atraída por uma luz no fim de algo como um túnel.
6% Precognição -Algumas pessoas passam a prever o que acontecerá no futuro .

Um número crescente de pessoas tem ganhado coragem para contar suas experiências, alguns relatos são ricos em detalhes. Segue abaixo uma tabela com as situações mais comuns encontradas nesses relatos:

Informações coletadas de relatos pessoais e históricos

I - Encontro com um guia -Um pouco antes ou logo após morrer, algumas pessoas deparam com um guia, alguém que acompanha e aguarda a pessoa, para conduzi-la ate um lugar determinado, geralmente e indentificado como um parente ou amigo muito próximo.
II - O Ser de Luz - Após atravessar o "túnel", as pessoas se deparam com um Ser de Luz, alguém semelhante a nós que conhece tudo a nosso respeito e dá conselhos sobre como melhorar nossas vidas, a sua presença transmite paz, alegria, segurança e um grande amor. geralmente é associado à Jesus Cristo.
III - Organização e Leis -Algumas pessoas chegam a conhecer, líderes, conselhos e regras que regem o lugar onde estão, também notaram uma certa organização entre os espíritos que pareciam estar juntos de acordo com interesses de cada grupo.
IV - Locomoção rápida -As pessoas que passam por EQM tem a sensação de se locomover muito rápido quando pensam em alguém ou algum lugar.
V - Os anjos -Algumas pessoas se encontram de fato com os seres chamados anjos, estes não tem asas, são muito fortes, se deslocam com muita rapidez e acompanham as ações humanas de perto.
VI - O suicídio - As pessoas que cometeram suicídio e por um milagre voltaram a viver, fizeram relatos como descritos abaixo: -Se na terra você foi um espírito atormentado, também lá você será um espírito atormentado. -Os conflitos dos quais vc. tenta escapar com o suicídio continuam depois da morte. -Um homem cometeu suicídio em virtude da morte da esposa, ele foi para um "lugar terrível" , sua esposa não estava lá, ele pensou: "não deveria ter feito isso", para sua sorte ele foi revivido no hospital.
-O lugar para onde foram é úmido, escuro e muito triste. -Foi lhes dado a entender que o suicídio era um ato infeliz e severamente punido.
VII - Outros mundos -Algumas pessoas tem a oportunidade de ver outros mundos, outras criações de Deus, para onde são projetadas.
VIII - O poder do pensamento -As pessoas que passam por EQM, rapidamente percebem que toda a ação é comandada pelo pensamento, talvez daí venha a frase espirituosa de Descartes: "Penso, logo existo " .
IX - A percepção das crianças -Algumas crianças vêm os espíritos, talvez devido a sua natureza pura, há relatos de pessoas que mantiveram contato com bebês enquanto passavam por uma EQM.
X - Visão do abstrato. -Amor, carinho, alegria, medo são coisas que sentimos e que não conseguimos ver na condição humana. Curiosamente em espírito essas sensações podem ser vistas na forma de ondas, luz e cores.
XI]- Desgosto do regresso.- O lugar para onde se vai (o Mundo Espiritual) é tão "maravilhoso" que muitos não querem regressar, os motivos são: -Lugar espiritual tem mais paz, é mais agradável e belo. -Em espírito podem ser coisas com a velocidade do pensamento. -Ao regressar ao corpo: "é como vestir um casaco molhado e pesado"
XII - Lembranças da condição pré-terrena. - Alguns relembram de fatos que ocorreram antes de passar por esta vida pré-existência/ véu do esquecimento) - É interessante lembrar que da memória total de nosso cérebro usamos somente uma parte dela ( estatisticamente até 10%), o que poderá estar guardado nos 90% restante?
XIII- Desejo de ajudar ao próximo. Quando as pessoas que passaram por EQM retornam, mudam suas vidas drasticamente, algumas coisas que mudam: -Desejo de ajudar e fazer bem ao próximo. -Sentindo que lhes foi dada uma segunda chance, essas pessoas tentam reparar todos os erros anteriores. -Procuram uma religião para entender melhor os propósitos de Deus.
XIV- Obra de evangelização no mundo espiritual. Existem relatos que expressam claramente estar sendo realizada uma obra entre os espíritos, todos são ministrados por mensageiros de Deus para confortar e explicar os propósitos desse estado "passageiro.
XV- Comida no mundo Espiritual. O espirito se alimenta do quê?, a pergunta soa meio estranho, mas há relatos de pessoas que viram parentes falecidos reunidos em torno de banquetes, e aguardavam familiares para uma ceia de "boas vindas", ao tentar participar foram impedidos, pois se comessem não poderiam voltar.
XVI- Roupas dos espíritos - O que o espírito veste? Ao deixarem o corpo, varias pessoas afirmaram estar usando as mesmas vestes que usavam um pouco antes de ocorrer a EQM, após passar o túnel em direção à luz, os familiares ou guias os aguardam com novas vestes que foram preparadas exclusivamente para eles.
XVII- Curiosidades -Pessoas que tinham invalidez física, ao passar pela EQM, afirmaram que se viram com todos os membros do corpo no lugar.-Quem não tinha pernas se viu com elas, quem não tinha braços idem. -Quem era cego, voltou a enxergar (somente o Mundo Espiritual). -Quem "morreu" durante a guerra, viu que outros soldados ou outras pessoas ligadas ao episódio se reuniam e juntos vislumbravam esse "novo mundo".

7. IMORTALIDADE DA ALMA NAS CRENÇAS ANTIGAS

Os Egípcios, foram um dos povos mais antigos a acreditarem na imortalidade da alma. Para isso, preparavam seus mortos para vida depois da morte, no qual desenvolveu-se a mumificação. Todas as civilizações da Antigüidade, acreditavam na imortalidade da alma, inclusive os hebreus. Para os babilônicos, nem todos conquistavam a imortalidade da alma. Nem o povo, nem os líderes adotavam a teoria da possibilidade do aniquilamento da alma, para eles, era a passagem para outra espécie de vida. Não é muito claro hoje, que espécie de vida podiam Ter no além , mas é certo que, somente alguns podiam alcançar a imortalidade. No Egito, a crença, era fundamental para a religião egípcia. Eles sustentavam que Osíris, o deus principal no mundo além vida, julgaria a alma do morto para dar a ele, o prêmio da imortalidade. Anúbis, deus dos mortos, conduzia o morto á presença de Osíris. Para a religião egípcia, era importante a preparação dos mortos, pois Osíris, poderia conceber a reencarnação.
Na Grécia, o matemático grego Pitágoras, ( séc. VI a C ) sustentava que a alma era imortal, e que estava sujeita a transmigração. Tales de Mileto, achava que a alma imortal existia nos homens, e nos animais. Sócrates, foi acusado aos setenta anos de corromper a mente dos jovens com seu ensino. Condenado a morte, deu a sua última aula aos seus discípulos pouco antes da execução da sentença, oferecendo a eles uma série de argumentos a favor da imortalidade da alma e explicando que, por isso mesmo não temia morrer. Sócrates e Platão, acreditavam que a alma continuava viva após a morte.
Na Índia, é comum a crença na imortalidade da alma, aceitas pelo Hinduísmo, o conceito de imortalidade passou ao budismo. Os Hindus praticavam desde logo, o culto aos antepassados e ofereciam alimentos ás suas almas. A lei do Karma, da causa e efeito, combinada com a imortalidade da alma e a possibilidade de reencarnação, funcionavam perfeitamente como lei moral, anunciando a recompensa ou a punição na outra vida. Com a chegada do budismo, criou-se o "xintó" caminho dos deuses, Na crença do xintoísmo a alma sobrevive a morte do corpo, e havia almas boas e almas voltadas para o mal. Com medo dessas almas voltadas ao mal, o povo antigo desenvolveu ritos para apaziguá-los, o que se desenvolveu em um culto aos espíritos dos antepassados. A alma assim que parte, conserva a personalidade do morto e fica marcada pelo tipo de morte do corpo. Esses executam seus ritos para remover o mal, tornando a alma pacífica e benevolente. Com o tempo essa alma pode evoluir e tornar a ser um guardião ancestral. Os xintoístas, também crêem no paraíso por merecimento. Com o judaísmo não é diferente. Suas raízes remontam mais de cinco mil anos. Segundo a enciclopédia judaica, somente no período pós bíblico, é que a crença na imortalidade se estabeleceu, tornando um de seus fundamentos. No período bíblico, a pessoa era considerada como um todo. Mas os judeus primitivos, já acreditavam na ressurreição dos mortos, o qual era diferenciada da crença da imortalidade da alma. Filo de Alexandria, um dos primeiros filósofos judeus disse que a morte estabelece a alma no seu estado original, visto que esta pertence ao mundo espiritual e o corpo nada mais é, que um episódio breve.
No caso do cristianismo, a filosofia que mais convinha na época era o platonismo. Estes exerceram forte influência sobre as doutrinas Cristológicas. Dos antigos filósofos , Orígenes de Alexandria, no oriente, e Agostinho no ocidente, e que a alma foi estabelecida como substância espiritual. Para Aristóteles, a alma era inseparável do corpo, e não existiria fora dele. Se existia algo eterno no homem, era sua obra, o intelecto abstrato. A teologia relevante da igreja, era de que as almas sobrevivem a morte. Os reformadores protestantes se opuseram a crença do purgatório, mas aceitavam a idéia da punição ou recompensas eternas para a alma. Com isso, a teologia da imortalidade da alma, prevalece desde o princípio. O Islamismo, ensina que o ser humano tem uma alma que continua a viver depois da morte, da ressurreição, do juízo, e das bem aventuranças ou punição das almas. Os muçulmanos afirmam que a alma vai para o BarzaKh ( barreira) lugar ou estado em que estão antes do julgamento. Lá, a alma fica consciente, sofrendo, ou gozando felicidade. Depois do juízo, cada qual recebe seu destino eterno.
Das dez pessoas entrevistadas sobre a imortalidade da alma após a morte, sete acreditam, e apenas três não acreditam.
Deus os abençoe!