quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

A IMORTALIDADE DA ALMA, O OUTRO LADO DA VIDA

A IMORTALIDADE DA ALMA, O OUTRO LADO DA VIDA

INTRODUÇÃO

A alma é mortal, ou imortal? Tem ela parte na morte do corpo? O que realmente acontece depois que morremos? Estão os mortos conscientes? Esta pesquisa, que faz parte da metafísica, do ultra obvio, tem dois grandes fundamentos. O dualismo e o holismo. Definimos holismo como sendo a teologia que nega a existência da alma após a morte, pois essa morre junto ao corpo, e só voltará, na segunda vinda de Cristo.
No ponto de vista dualistico, o homem; segundo essa teologia, é formado por um corpo material e mortal, e uma alma imaterial e imortal. Por ocasião da morte, a alma se desprenderia do corpo, e sobreviveria a morte em algum lugar, o mais esperado, o céu. Essa teoria é comumente chamada de "crença popular", e é a que mais é ensinada pelas igrejas, porém não aceita por alguns pensadores da área de teologia. Julgam que alguns consideram mais importante a vida espiritual da alma, do que a vida física do corpo. Este pensamento segundo alguns teólogos, tem fundamento no dualismo Platônico, e já surgiram muitos outros que firmaram suas convicções com base nessa teologia. Citamos o mestre cristão, fundador de uma escola gnóstica, rival do cristianismo. Nascido em Sinope, na Ásia menor em 144, foi expulso da igreja de Roma por causa de seus ensinos. Fundou uma nova igreja que cresceu rapidamente, e que perdurou até o V século. Ensinou um dualismo, que é a base teológica do gnosticismo.
Firmado na teologia de que a matéria é má, (corpo) Marcion, ensinou uma espécie de ascetismo, ou seja, de que o cristão deve evitar tanto quanto possível o uso das coisas deste mundo. Historicamente esse ponto de vista dualístico tem retratado os santos como pessoas que dedicam primeiramente á vida contemplativa, desligando da vida ativa, secular, uma vez que o cultivo da alma tem sido mais importante do que o cuidar do corpo. Nos relatos de Samuele Bacchiocchi, ele narra o assunto citando um exemplo em seus últimos anos na Universidade Pontifícia Gregoriana de Roma. Alguns colegas de classe, na maioria monges, sacerdotes, iam primeiro para a capela, para cultivarem sua alma mediante oração e meditação. Depois iam até o bar no final do corredor para entoxicar seus corpos, com bebidas e cigarros, por que o que faziam, não afetava a salvação de suas almas.
A idéia que traz o dualismo, é a salvação da alma, pois o corpo seria o que "detém" a alma para alcançar a plenitude da felicidade, sendo esta terrena.
Segundo alguns teólogos, o evangelho não nos dá base para uma doutrina de redenção que salva somente a alma a parte do corpo. Ela faz parte do corpo, e no último dia, ressuscitará com o próprio corpo.
O dualismo para alguns teólogos que defendem a teoria do holicismo, tem algumas implicações doutrinárias, como por exemplo, a vida consciente após a morte, a oração pelos mortos, religação da alma quanto a ressurreição, o tormento eterno no inferno, visão etérea no paraíso, onde habitarão as almas na eternidade, etc. Para esses teólogos, isso tem enfraquecido a expectativa da segunda vinda de Cristo, pois, se quando morremos, vamos direto para o paraíso, dificilmente haverá uma expectativa para a vinda de Cristo. Na Bíblia, a esperança do advento é; a reunião dos crentes em seus corpos e Cristo glorificado. Dessa reunião, resultará uma transformação radical que afetará a humanidade e a natureza, e não a imortalidade da alma e o gozo celestial imediatamente após a morte. Veremos agora, um estudo que nos dá um conhecimento mais apurado sobre o assunto.

1. A IMORTALIDADE DA ALMA

O dualismo que Marcion pregava, era uma heresia. Paulo deixa claro que o nosso corpo é santuário do Espírito Santo, ( 1 Co 6:12-20).e que, enquanto vivermos aqui neste mundo, devemos glorificar a Deus em nosso corpo. Portanto veremos que o dualismo, como alguns julgam este assunto, é antes bíblico referente a separação da alma do corpo. Comecemos pela formação do homem, onde a palavra alma é registrada pela primeira vez. A Bíblia nos relata em Gênesis, que quando Deus criou o homem, soprou-lhe nas narinas, o fôlego de vida. Depois este passou a ser alma vivente ( Gn 2:7) A diferença entre todas as criações e o ser criado homem, é que Deus lhe soprou o "fôlego" de vida diretamente. Notemos que os animais, Deus não soprou em suas narinas. A eles chamou-os de criaturas que vivem e se movem ( seres viventes). Os seres humanos possuem portanto algo que veio diretamente de Deus, e a isto é chamado alma. No hebraico, "nephesh" tem o significado de ego, vida, pessoa, coração, refere-se a essência da vida, o ato de respirar, tomar fôlego. No grego; "psyche" significa vida natural do corpo, a parte imaterial, invisível do homem, homem interior. Uma outra palavra, que traz também assuntos discutidos como dicotomia, tricotomia, etc., é a palavra Espírito. Tem significado semelhante, e na Bíblia, parece não fazer uma distinção entre ambas. No Hebraico "ruach" significa, respiração, ar, força, vento, ânimo, humor. Vejamos alguns exemplos que a Bíblia nos traz referente a essa palavra: " E (Sansão) bebeu (água); e o seu espírito, (aqui literalmente, respiração), tornou e reviveu" Jz15:19 "E expirou toda carne que se movia sobre a terra". Tudo o que tinha fôlego de espírito em seus narizes" Gn 7:21-22). Podemos concluir que os animais também possuem esse "espírito" (respiração), porém o homem recebeu o "fôlego" direto de Deus.
Como havíamos começado a discussão, o homem é formado por uma parte material e mortal, e uma parte imaterial e imortal. Esta separa-se do corpo na hora da morte. Veremos o que diz Ecl. 12:7: "e o pó, volte a terra, como o era, e o espírito, volte a Deus que o deu"( Na Bíblia vida nova traz no rodapé: " e o espírito e a alma, volte a Deus que o deu") dando a entender como uma só) Isto mostra que a alma, é imortal, e não morre com o corpo, como alguns pensam, nem com ele dorme na sepultura. ( visão contrária holística).
Vejamos outro exemplo: "e não temais os que matam o corpo, e não podem matar a alma; temei antes aquele que pode fazer perecer no inferno tanto a alma, como o corpo" Mt 10:28. Seus discípulos sabiam que a morte não era o fim de tudo. Herodes podia degolar João Batista, mas não extinguir sua alma.
Em Lc 16:19-31, vemos a narração da parábola; " O rico e Lázaro", Jesus não deixa dúvida quanto a imortalidade da alma, pois diz o texto que o rico morreu e foi sepultado, mas a Lázaro foi levado pelos anjos para o seio de Abraão, onde habita as almas daqueles que morrerão em Cristo. O apóstolo Paulo, sabendo dessa revelação, diz; " para mim o viver é Cristo, e o morrer é lucro". (Fp 1:21-23). Que lucro teria Paulo em receber algo, da parte de Deus, se a sua alma não tivesse tal destino? Vemos que essa promessa, o ladrão que foi crucificado com o Senhor, recebeu do próprio Jesus. " ainda hoje" ( não amanhã, ou quem sabe um dia) estarás comigo no paraíso" Lc 23:39-43. Lembramos que Estevão, também disse: " Senhor Jesus, recebe o meu espírito" Atos 7: 59.

2. APÓS A MORTE A ALMA CONTINUA EXISTINDO

Vemos uma passagem interessante no livro do Apocalipse: " E havendo aberto o quinto selo, vi debaixo do altar, as almas dos que foram mortos por amor a palavra de Deus" Ap 6:9-10. Estes clamavam por justiça. Outro texto Ap 20:4 diz: " Vi ainda as almas dos decapitados por causa do testemunho de Jesus..". A imortalidade da alma, está porém provada! Vejamos o que o Senhor Jesus diz em Mt 10:28 " E não temais os que matam o corpo e não podem matar a alma.." Alguns alegam aqui que; o que não podem matar é o ego, a mente. Tal explicação não tem fundamento. Quando se fala que "temei aquele que tem poder para lançar no inferno a alma e o corpo, revela sofrimento eterno e não extinção da alma. Vejamos a passagem de Ez 18:4-20. " A alma que pecar, essa morrerá" Significa aqui a morte espiritual, eterna separação de Deus, pois diz Rm 6:23, que o salário do pecado, é a morte. Os que estão mortos em seus pecados, estão afastados de Deus. Estes sofrerão eterno castigo.( Ap 21:8 ).
Em 1Tm 6:16, diz: O único que possui imortalidade, que habita em luz inacessível, a quem homem algum jamais viu.." Entende-se aqui, o imortal , como sendo eterno, criador, não tem começo e não tem fim, diferente do homem, pois o homem é mortal, pois tornarás ao pó. Mas a alma, é eterna , essa voltará a Deus que o deu" Ec 12:7.

3. COMO SERÁ NA RESSURREIÇÃO

Na ressurreição dar-se-á uma recomposição do homem; o corpo encontrar-se-á com a alma, e o homem volta á vida. Mas para que ressuscitariam (Atos 24:15) estes que já estão com o Senhor? No evangelho de João 5:28-29, diz: " os que tiverem feito o bem, para a ressurreição da vida, e os que tiverem praticado o mal, para a ressurreição do juízo" Em Dn 12:2, lemos: "Muitos dos que dormem no pó da terra, ressuscitaram, uns para a vida eterna, e outros para vergonha e horror eterno" Ap 20:10 anuncia que os forem lançados no lago de fogo, serão atormentados dia e noite. No caso dos ímpios, no dia do juízo, cada um ressuscitará e receberá da parte de Deus o seu castigo, quanto aos justos, terão um corpo semelhante ao do Senhor Jesus, pois Paulo nos adverte dizendo que o nosso corpo mortal se revestirá de imortalidade. 1 Co 15:54
Em 2 Co 5:1-10, Paulo afirma que após a dissolução deste corpo terreno, e transitório, o crente receberá da parte de Deus, um corpo eterno, celestial e isso se dará na ressurreição. Existe uma outra teologia a respeito dos ímpios, que diz que estes serão exterminados. Mas, isso não sucederá, pois os ímpios segundo Jo 5:29, serão condenados. Ap 14:11, diz que não haverá descanso, e serão atormentados dia e noite. Mt 24:51, diz que os hipócritas serão punidos severamente onde haverá choro e ranger de dentes. Isto reprova a idéia do extermínio dos ímpios, pois morto, não chora, não sente, não sofrem. Deus os ressuscitará para vergonha eterna, Dn 12:2, e não para extermina-los. Lembramos que Deus criou o homem para ser eterno, por causa do pecado, este passa pela morte, mas a vida depois da morte continua, uns para com Deus, outros para sofrimento, afastados da glória do todo poderoso.

4. OS MORTOS ESTÃO DORMINDO?

A palavra "dormir" na Bíblia, tem sido usada para afirmar que os mortos estão num estado de inconsciência, e que a alma, após a morte, deixa de existir. Vejamos alguns textos: " Não queremos, porém, irmãos que sejais ignorantes acerca dos que "dormem".....1 Ts 4:13. Primeiro, o estado dos mortos, é de plena consciência, Lc 16:27-28. Segundo, "dormir", refere-se ao corpo, porquanto a parte imaterial não morre, nem dorme. Lembremos de Lc 23:43. Seu corpo, morreu crucificado, então quem estaria com Jesus no paraíso naquele dia? A sua alma, não dormiu, mas subiu para junto do Pai. No grego a palavra " dormir" " Koimaomai", é usada no sono natural Mt 28:13; da morte do corpo, daqueles que morrem em Cristo Mt 27:52. Vejamos que esse versículo deixa claro que, quem dormia no sepulcro era o corpo. Portanto, a palavra é usada para assemelhar a aparência entre o corpo dormente, e um corpo morto, mas sua alma não deixa de existir. Em Dn 12:2, os mortos estão descritos como os que "dormem no pó", porém sendo inaplicável para a alma do próprio, pois o corpo volta ao pó e o espírito, ( aqui retratando como parte imaterial- alma) retorna á Deus que o deu" Ec 12:7. Lembramos também, que o significado de espírito e alma na Bíblia, não tem uma distinção correta, como foi tratado no início desse trabalho. A Bíblia ensina que ao morrermos a alma separa do corpo, num estado de consciência, portanto quando a Bíblia fala de "silêncio", esquecimento, está se referindo ao corpo. Vejamos o que Salomão nos diz a respeito. " Porque os vivos, sabem que hão de morrer, mas os mortos não sabem coisa nenhuma...,e sua memória jaz no esquecimento" Ec 9:5. O próprio Salomão nos diz onde se dá essa falta de "memória" Leiamos: "Tudo o que te vir á mão para fazer, faze-o conforme as tuas forças, por que no além, ( sepultura, Sheol) para onde tu vais, não há obra, nem projeto, nem conhecimento, nem sabedoria alguma. Ec 9:5-10.
Outro aspecto da consciência dos mortos ocorre no Evangelho de Mateus 17:1-9. Moisés apesar de haver morrido a mais de mil anos apareceu em sã consciência e conversou com Jesus na transfiguração, estando presentes Pedro Tiago e João. Todos os justos que morreram estão na presença do Senhor, "Porque Deus, não é Deus de mortos e sim de vivos" Mateus 22:32. Eles continuam como vivos para Deus, e aguardam o momento glorioso da redenção do corpo, quando enfim a morte será vencida.
Conclusão: a parábola do rico e Lázaro aprendemos:
1º) É que na morte o espírito separa do corpo e estes vão com o Senhor;
2º) É que o estado de tormento ou de bem-aventurança após a morte é um estado consciente e irreversível;
3º) É que os espíritos dos mortos não podem sair de onde estão para auxiliar os vivos;
4º) O meio eficaz de salvação, é crer em Jesus e na sua Palavra.

5. PARTE CIENTÍFICA A RESPEITO DA DA VIDA APÓS A MORTE

Vimos que na Bíblia a alma permanece viva e consciente, uns usufruindo do favor de Deus, outros em tormentos. Lucas 16:19-31.
Agora veremos alguns relatos que podem ser citados pelo Dr. Moody, que foi o pesquisador inicial da EQM. Esses casos citados, são de algumas pessoas ( mais de mil casos) que morreram e depois voltaram. Este tema ainda reuniu muitos pesquisadores, médicos, céticos que ao perceberem a natureza de relatos de crianças e adultos mudaram sua perspectiva, escrevendo as seguintes obras:
"Life at death" escrito pelo psiquiatra Kennedy Ring
"Closer to the Ligth" mais próximo da luz escrito pelo pediatra americano Dr. Melvin Morse
"Vida após Vida" Dr. Raymond Moody
"Lembranças da Morte" Dr. Michael Sabom
O primeiro caso de morte temporária observada em 1982, narrado pela menina Catarina de 9 anos que havia se afogado numa piscina. Catarina contou que no período em que esteve morte clinicamente encontrou uma adorável senhora "Elizabeth" que a acolheu com muito carinho a sua alma e conversou com ela. Dr. Melvin Morse até então não acreditada tudo quanto era espiritual. Este relato o surpreendeu e decidiu estuda-lo profundamente.
Dr Raymond Moddy Jr. , se interessou pela primeira vez no assunto quando ouviu um relato de um homem chamado George Ritchie, que havia "morrido" num hospital militar e que miraculosamente voltara a vida, mais tarde com o exercício da profissão ele começou a perceber que relatos como esse eram mais freqüentes do que imaginava, entusiasmado ele escreveu "Vida depois da Vida" ( o qual escreveu após de juntar mais de 1000 relatos), posteriormente escreveu outro livro com novas pesquisas chamado "A Luz do Além" que tenta se aproximar da religião que tivesse a doutrina mais condizente com as EQM, e de fato ele encontra. O DR. Moddy deu o primeiro passo, ouve vários documentários sobre seu trabalho, e muitos outros pesquisadores iniciaram trabalhos sobre EQM, tem surgido até alguns filmes no cinema que usam as descobertas citadas por Moddy, como Ghost (Patrick Swize e Demy Moore), Linha Mortal (Kiefer Shuterland, Julia Roberts, Willian Baldwin), Cidade dos Anjos (Nícolas Cage e Meg Rayan), Amor Além da Vida (Robin Willians).
O pastor Kenney E. Hagin, diz ter sobrevivido uma experiência de vida pós morte. Em abril de 1933, quando vivia no estado do Texas, seu coração parou e a sua alma saiu do corpo. Ele diz: Eu comecei descer cada vez mais e quanto mais eu descia, mais escuro e quente ficava. Depois comecei a distinguir as paredes das "cavernas" o brilho de alguns fogos tenebrosos, provavelmente do inferno, até que uma grande labareda puxou-me. Tendo alcançado o fundo do precipício, eu senti a presença de algum espírito, que começou a guiar-me. Nessa hora, por sobre as trevas do inferno, soou-se uma voz majestosa. Não entendi o que foi dito, mas senti que era a voz de Deus. A força desta voz, fez tremer todo reino das trevas, como folhas de árvore que tremem com a força do vento. Aos poucos surgiu a luz terrena. Eu estava de novo no meu quarto, e "pulei" dentro de meu corpo. Depois de certo tempo, tornei me pastor e dediquei a minha vida a Deus.

6. O QUE A ALMA VÊ DURANTE A EXPERIÊNCIA DA MORTE

Reunindo os relatos das pessoas que sobreviveram a morte clínica, emerge o seguinte quadro ao separar-se do corpo. Depois do desfalecimento, ela vê seu corpo inerte, deitado abaixo dela ( figura abaixo ). Essas imagens inesperadas provocam um grande choque par alma. Suas capacidades continuam funcionando normalmente (ver, ouvir, pensar, sentir) ela tenta comunicar-se, mas logo percebe que seu mundo é diferente. Sua sensação agora é de puro alívio e alegria ( figura abaixo). Dependendo do tempo da EQM, algumas almas vão adiante para o mundo espiritual. Vêem túneis, escuridão enquanto outras vêem grande beleza, e as vezes encontram parentes que já morreram. Algumas vão para uma região de luz, e conversam com um ser de luz. Estes afirmam ser Jesus, outros anjos. Outras almas visitam lugares tenebrosos e vêem seres cruéis como monstros e demônios. Uma outra experiência narrada por vários casos é que o encontro com o ser de luz é acompanhado de uma revisão de sua vida passada lembrando seus atos. Depois vêem algo como uma fronteira, e sentem-se que, se passar por ela, nunca mais voltaram ao mundo físico. Segundo dados do Dr. Ring, uma de cada sete pessoas viu a luz e conversou com o ser de luz. Os livros religiosos mais antigos, também narram essas experiências, relatando sobre a aparição de almas dos mortos, visões no paraíso ou no inferno e encontros com anjos ou demônios.
Esses relatos podem ser chamados de "descrições do cosmo distante" já que se trata do mundo espiritual distante de nós. Ainda esses relatos nos proporciona a possibilidade de entender com clareza aquilo que espera cada um de nós.
Alguns desenhos abaixo, nos dão uma idéia melhor a respeito do assunto:


 
Visões do nosso mundo por almas desincorporadas, é um dos testemunhos freqüentes.



Outras visões freqüentes relatadas por sobreviventes á morte clínica. Ver o seu próprio corpo inerte. Isso choca a alma, quando esta percebe que não faz parte desse mundo.

Um outro relato é o de K. Ixcul um jovem russo que foi batizado desde criança e cresceu no meio ortodoxo. Era indiferente a religião e somente participava das festas religiosas. Para ele a existência do homem terminava com a morte (visão holística). Doente de pneumonia certa vez sua doença agravou-se e depois de ter sido internado sentiu-se curado. Para seu espanto os médicos ficaram preocupados e trouxeram-lhe oxigênio. O médico faz uma pergunta, e ele diz: eu entendo mais não respondo. De repente fui puxado para baixo, para terra, por uma força enorme. Então comecei a me agitar e sentia muita agonia. Depois de muito esforço para me libertar senti-me leve, então senti paz. Quando vejo estou em pé no meu quarto a minha direita vi um círculo em torno da cama eram os médicos e enfermeiras. Então pensei: estou aqui não lá. Deitado sobre a cama estava eu. Ao ver o meu "doble" me assustei. Não conseguia tocar ninguém, como pode? Será que eu morri? Eu me sentia mais vivo do que antes. Comecei a ouvir os médicos discutirem a respeito da minha morte. Logo, apareceram dois anjos, pegando-me sobre os braços e levando-me para a rua e passando por entre as paredes, não sentia frio nem calor. Começamos a subir mais eu parecia insignificante nesse mundo infinito. Veremos a seguir algumas características da EQM.
Aspecto da alma: Quando a alma abandona seu corpo, ela não reconhece de imediato. As partes do corpo, que em casos de acidentes, como pernas, braços que foram perdidos, aparecem novamente nas visões. Os cegos voltam a enxergar, e quando sobrevivem a morte clínica, tornam cegos novamente. Alguns desses cegos, depois voltam a relatar as roupas dos médicos, aparelhos, que estavam sendo usados por eles.
Encontros: Com parentes, amigos já falecidos. Alguns deles, em terra, alegravam em reencontra-la. Estavam vestidos de branco. Percebe-se que lá eles não tem idade.
Linguagem da alma: Ocorrem por meio de pensamentos, por isso há dificuldade de relatar as conversas com o ser de luz, anjos, ou alguém que eles encontrem.
O retorno: Esse que voltam, relatam que ainda não era chegado sua hora, e que tinham uma missão especial. Muitos deles procuram uma qualidade de vida religiosa muito grande. Um dos relatos de um paciente do Dr. Moody " Eu tive um ataque cardíaco, e estava num espaço escuro, e sabia que estava morrendo. Eu pedi a Deus ajuda, e logo escapei da escuridão. Vi uma neblina a minha frente, e depois vi pessoas. Eram semelhantes as da terra. Tudo estava iluminado por uma luz dourada. Eu sentia alegria e queria passar pela neblina, mas aí apareceu o meu tio Carl, que havia morrido a muito tempo. Ele atravessou o meu caminho e me disse: " Volte". Depois entendeu que seu filho pequeno, não poderia ficar sem ele. A volta do corpo as vezes ocorre instantaneamente, as vezes por choque elétrico, ou técnicas de reanimação.

Outros relatos, pesquisados no site: www.geocites.com/havengarwp.
From:
Rodolfo
Date:
Sun, 2 Apr 2000 17:27:27 -0300
Subject:
EU PASSEI POR UMA E.Q.M. Exp. Quase Morte.

Meu nome e Rodolfo, tenho 35, SP/SP-Brasil. A mais ou menos 5 anos, em 1994, tive uma seria doença (Meningite Bacteriana e abcesso cerebral). Estava em serviço (Tec. Eletrônico de campo), dirigindo o carro da empresa com um colega, e já vinha a alguns dias me sentindo mal, quando de tanta dor de cabeça, desmaiei ao volante
do carro, e socorrido pelo colega ao hospital Emílio Ribas SP, a quem devo muito. Fiquei desacordado uns 10 dias, não me lembro de nada, quando voltei fiquei confuso com tudo Tc... Após 10 dias foi pedido exame de TOMOGRAFIA COMP. de cérebro, aplicaram em mim contraste (IODo), sou alérgico, e sofri choque anafilático. Comecei a inchar, perder a respiração e sentidos, pré-coma etc... passando a não sentir mais dores, do corpo, comecei a enxergar um TUNEL, cheio de luzes coloridas, e no fim uma luz muito forte clara. Senti uma ótima sensação de prazer e alivio, não queria voltar de "lá", quando voltei estava rodeado pelos médicos, que me diziam "Calma, calma me ressuscitaram, com drogas etc..., ai comecei a sentir tudo de novo, dores, agonia, melancolia.
Esta e minha historia, e espero ter colaborado de qualquer forma. Graças a Deus, Jesus, e a todos lá de cima ,agradeço .Grato. RODOLFO S.
Sou professor universitário, católico, casado, tive 3 experiências seguidas de morte clínica, após acidente com acido acetilsalicilico a que sou alérgico que não sabia. Fui socorrido para o hospital onde meu pai trabalhava e onde estava de plantão como cirurgião. O anestesista que o ajudou havia sido seu aluno de cirurgia e meu colega de ginásio, mas havia anos que não nos encontrávamos. Ele me reconheceu e ficou muito nervoso. Tive a passagem através do túnel para a luz. Não encontrei guia. Ouvi tudo o que se falava, e ouvi a instrumentadora dizer a meu pai:"doutor, o senhor fez o que pode, mas seu menino morreu", já tinha 30 anos, na época, casado há 2, e ela me conhecia. Não me chamava habitualmente de menino, mas de professor. Tentei falar e não consegui, tornei. 2 dias depois, tive novo
episódio, que se repetiu 3 dias depois. As sensações foram as mesmas, exceto o diálogo, e o fato de na 3a. vez o cirurgião ser um amigo nosso, já falecido atualmente, embora meu pai também estivesse presente no bloco cirúrgico. na 3a.vez,ouvi alguém dizer: "que pena. a família ainda precisa tanto dele." e alguém dizer. " de fato. volte!"

Análise de freqüência de EQM em 8 milhões de adultos (Pesquisa Gallup-EUA 1988)

26% Fora do corpo -Ocorrendo a morte clínica o espírito se solta do corpo -Sentimento de leveza
23% Percepção visual acurada -Pode se ver todas as pessoas na sala. -Você tenta falar com elas em vão. -Se um ente querido lhe vem a mente você se desloca instantaneamente até o lugar que ele se encontra.
17% Som ou vozes audíveis -Um som de coros, sinos, música distante, começa a tomar conta do lugar em que a pessoa se encontra.
32% Sentimentos de paz e quietude -Apesar da situação física complicada, a pessoa começa a se sentir tranqüila, como se tivesse deixado um enorme peso para trás.
14% Fenômenos de Luz - A pessoa começa a notar diferenças na iluminação, por exemplo: -A luz passa a ser vista desde o interior dos objetos e não mais refletida pelo exterior dos mesmos. -Enxerga-se combinações de cores não percebidas antes.
32% Recapitulação da vida -A pessoa começa a ver sua vida detalhadamente desde o nascimento até a hora em que ela morreu.
32% Sensação de estar em outro mundo -Jardins , edifícios, paisagens campestres, cercas, árvores, plantas, animais, pessoas, todos visíveis somente no espírito.
23% Encontro com outros seres -Muitos vêm parentes, amigos e seres luminosos ao seu redor.
9% A experiência do túnel -Logo que a pessoa percebe estar morta, ela sente atraída por uma luz no fim de algo como um túnel.
6% Precognição -Algumas pessoas passam a prever o que acontecerá no futuro .

Um número crescente de pessoas tem ganhado coragem para contar suas experiências, alguns relatos são ricos em detalhes. Segue abaixo uma tabela com as situações mais comuns encontradas nesses relatos:

Informações coletadas de relatos pessoais e históricos

I - Encontro com um guia -Um pouco antes ou logo após morrer, algumas pessoas deparam com um guia, alguém que acompanha e aguarda a pessoa, para conduzi-la ate um lugar determinado, geralmente e indentificado como um parente ou amigo muito próximo.
II - O Ser de Luz - Após atravessar o "túnel", as pessoas se deparam com um Ser de Luz, alguém semelhante a nós que conhece tudo a nosso respeito e dá conselhos sobre como melhorar nossas vidas, a sua presença transmite paz, alegria, segurança e um grande amor. geralmente é associado à Jesus Cristo.
III - Organização e Leis -Algumas pessoas chegam a conhecer, líderes, conselhos e regras que regem o lugar onde estão, também notaram uma certa organização entre os espíritos que pareciam estar juntos de acordo com interesses de cada grupo.
IV - Locomoção rápida -As pessoas que passam por EQM tem a sensação de se locomover muito rápido quando pensam em alguém ou algum lugar.
V - Os anjos -Algumas pessoas se encontram de fato com os seres chamados anjos, estes não tem asas, são muito fortes, se deslocam com muita rapidez e acompanham as ações humanas de perto.
VI - O suicídio - As pessoas que cometeram suicídio e por um milagre voltaram a viver, fizeram relatos como descritos abaixo: -Se na terra você foi um espírito atormentado, também lá você será um espírito atormentado. -Os conflitos dos quais vc. tenta escapar com o suicídio continuam depois da morte. -Um homem cometeu suicídio em virtude da morte da esposa, ele foi para um "lugar terrível" , sua esposa não estava lá, ele pensou: "não deveria ter feito isso", para sua sorte ele foi revivido no hospital.
-O lugar para onde foram é úmido, escuro e muito triste. -Foi lhes dado a entender que o suicídio era um ato infeliz e severamente punido.
VII - Outros mundos -Algumas pessoas tem a oportunidade de ver outros mundos, outras criações de Deus, para onde são projetadas.
VIII - O poder do pensamento -As pessoas que passam por EQM, rapidamente percebem que toda a ação é comandada pelo pensamento, talvez daí venha a frase espirituosa de Descartes: "Penso, logo existo " .
IX - A percepção das crianças -Algumas crianças vêm os espíritos, talvez devido a sua natureza pura, há relatos de pessoas que mantiveram contato com bebês enquanto passavam por uma EQM.
X - Visão do abstrato. -Amor, carinho, alegria, medo são coisas que sentimos e que não conseguimos ver na condição humana. Curiosamente em espírito essas sensações podem ser vistas na forma de ondas, luz e cores.
XI]- Desgosto do regresso.- O lugar para onde se vai (o Mundo Espiritual) é tão "maravilhoso" que muitos não querem regressar, os motivos são: -Lugar espiritual tem mais paz, é mais agradável e belo. -Em espírito podem ser coisas com a velocidade do pensamento. -Ao regressar ao corpo: "é como vestir um casaco molhado e pesado"
XII - Lembranças da condição pré-terrena. - Alguns relembram de fatos que ocorreram antes de passar por esta vida pré-existência/ véu do esquecimento) - É interessante lembrar que da memória total de nosso cérebro usamos somente uma parte dela ( estatisticamente até 10%), o que poderá estar guardado nos 90% restante?
XIII- Desejo de ajudar ao próximo. Quando as pessoas que passaram por EQM retornam, mudam suas vidas drasticamente, algumas coisas que mudam: -Desejo de ajudar e fazer bem ao próximo. -Sentindo que lhes foi dada uma segunda chance, essas pessoas tentam reparar todos os erros anteriores. -Procuram uma religião para entender melhor os propósitos de Deus.
XIV- Obra de evangelização no mundo espiritual. Existem relatos que expressam claramente estar sendo realizada uma obra entre os espíritos, todos são ministrados por mensageiros de Deus para confortar e explicar os propósitos desse estado "passageiro.
XV- Comida no mundo Espiritual. O espirito se alimenta do quê?, a pergunta soa meio estranho, mas há relatos de pessoas que viram parentes falecidos reunidos em torno de banquetes, e aguardavam familiares para uma ceia de "boas vindas", ao tentar participar foram impedidos, pois se comessem não poderiam voltar.
XVI- Roupas dos espíritos - O que o espírito veste? Ao deixarem o corpo, varias pessoas afirmaram estar usando as mesmas vestes que usavam um pouco antes de ocorrer a EQM, após passar o túnel em direção à luz, os familiares ou guias os aguardam com novas vestes que foram preparadas exclusivamente para eles.
XVII- Curiosidades -Pessoas que tinham invalidez física, ao passar pela EQM, afirmaram que se viram com todos os membros do corpo no lugar.-Quem não tinha pernas se viu com elas, quem não tinha braços idem. -Quem era cego, voltou a enxergar (somente o Mundo Espiritual). -Quem "morreu" durante a guerra, viu que outros soldados ou outras pessoas ligadas ao episódio se reuniam e juntos vislumbravam esse "novo mundo".

7. IMORTALIDADE DA ALMA NAS CRENÇAS ANTIGAS

Os Egípcios, foram um dos povos mais antigos a acreditarem na imortalidade da alma. Para isso, preparavam seus mortos para vida depois da morte, no qual desenvolveu-se a mumificação. Todas as civilizações da Antigüidade, acreditavam na imortalidade da alma, inclusive os hebreus. Para os babilônicos, nem todos conquistavam a imortalidade da alma. Nem o povo, nem os líderes adotavam a teoria da possibilidade do aniquilamento da alma, para eles, era a passagem para outra espécie de vida. Não é muito claro hoje, que espécie de vida podiam Ter no além , mas é certo que, somente alguns podiam alcançar a imortalidade. No Egito, a crença, era fundamental para a religião egípcia. Eles sustentavam que Osíris, o deus principal no mundo além vida, julgaria a alma do morto para dar a ele, o prêmio da imortalidade. Anúbis, deus dos mortos, conduzia o morto á presença de Osíris. Para a religião egípcia, era importante a preparação dos mortos, pois Osíris, poderia conceber a reencarnação.
Na Grécia, o matemático grego Pitágoras, ( séc. VI a C ) sustentava que a alma era imortal, e que estava sujeita a transmigração. Tales de Mileto, achava que a alma imortal existia nos homens, e nos animais. Sócrates, foi acusado aos setenta anos de corromper a mente dos jovens com seu ensino. Condenado a morte, deu a sua última aula aos seus discípulos pouco antes da execução da sentença, oferecendo a eles uma série de argumentos a favor da imortalidade da alma e explicando que, por isso mesmo não temia morrer. Sócrates e Platão, acreditavam que a alma continuava viva após a morte.
Na Índia, é comum a crença na imortalidade da alma, aceitas pelo Hinduísmo, o conceito de imortalidade passou ao budismo. Os Hindus praticavam desde logo, o culto aos antepassados e ofereciam alimentos ás suas almas. A lei do Karma, da causa e efeito, combinada com a imortalidade da alma e a possibilidade de reencarnação, funcionavam perfeitamente como lei moral, anunciando a recompensa ou a punição na outra vida. Com a chegada do budismo, criou-se o "xintó" caminho dos deuses, Na crença do xintoísmo a alma sobrevive a morte do corpo, e havia almas boas e almas voltadas para o mal. Com medo dessas almas voltadas ao mal, o povo antigo desenvolveu ritos para apaziguá-los, o que se desenvolveu em um culto aos espíritos dos antepassados. A alma assim que parte, conserva a personalidade do morto e fica marcada pelo tipo de morte do corpo. Esses executam seus ritos para remover o mal, tornando a alma pacífica e benevolente. Com o tempo essa alma pode evoluir e tornar a ser um guardião ancestral. Os xintoístas, também crêem no paraíso por merecimento. Com o judaísmo não é diferente. Suas raízes remontam mais de cinco mil anos. Segundo a enciclopédia judaica, somente no período pós bíblico, é que a crença na imortalidade se estabeleceu, tornando um de seus fundamentos. No período bíblico, a pessoa era considerada como um todo. Mas os judeus primitivos, já acreditavam na ressurreição dos mortos, o qual era diferenciada da crença da imortalidade da alma. Filo de Alexandria, um dos primeiros filósofos judeus disse que a morte estabelece a alma no seu estado original, visto que esta pertence ao mundo espiritual e o corpo nada mais é, que um episódio breve.
No caso do cristianismo, a filosofia que mais convinha na época era o platonismo. Estes exerceram forte influência sobre as doutrinas Cristológicas. Dos antigos filósofos , Orígenes de Alexandria, no oriente, e Agostinho no ocidente, e que a alma foi estabelecida como substância espiritual. Para Aristóteles, a alma era inseparável do corpo, e não existiria fora dele. Se existia algo eterno no homem, era sua obra, o intelecto abstrato. A teologia relevante da igreja, era de que as almas sobrevivem a morte. Os reformadores protestantes se opuseram a crença do purgatório, mas aceitavam a idéia da punição ou recompensas eternas para a alma. Com isso, a teologia da imortalidade da alma, prevalece desde o princípio. O Islamismo, ensina que o ser humano tem uma alma que continua a viver depois da morte, da ressurreição, do juízo, e das bem aventuranças ou punição das almas. Os muçulmanos afirmam que a alma vai para o BarzaKh ( barreira) lugar ou estado em que estão antes do julgamento. Lá, a alma fica consciente, sofrendo, ou gozando felicidade. Depois do juízo, cada qual recebe seu destino eterno.
Das dez pessoas entrevistadas sobre a imortalidade da alma após a morte, sete acreditam, e apenas três não acreditam.
Deus os abençoe!

domingo, 5 de dezembro de 2010

Como oferecer sacrifício vivo

Como oferecer sacrifício vivo


Cristo morreu, segue-se que todos cristãos morreram ( 2Co 5:15 Tooltip ), portanto, é necessário trazer sempre ‘por toda a parte a mortificação do Senhor Jesus no nosso corpo, para que a vida de Jesus se manifeste também nos nossos corpos’. Ou seja, aqueles que obtiveram nova vida em Cristo sempre estão entregue à morte por amor de Jesus, ou seja, é um sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, para que ‘a vida de Jesus se manifeste também na nossa carne mortal’ ( 2Co 4:10 Tooltip -11).
“ROGO-VOS, pois, irmãos, pela compaixão de Deus, que apresenteis os vossos corpos por sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é o vosso culto racional” ( Rm 12:1 Tooltip )
Como cumprir a recomendação do apóstolo Paulo?
Em primeiro lugar não é se socorrendo da definição de sacrifício que consta em dicionários. Saber que sacrifício é ‘qualquer coisa consagrada e ofertada a Deus’ não nos auxiliará na compreensão da orientação paulina, pois não há dicionário no mundo que esclareça como tornar um ‘corpo’ possuidor dos predicativos que se seguem: vivo, santo e agradável.
Em segundo lugar, sabemos que é impossível ao homem natural compreender as coisas de Deus, portanto, não podemos esperar que o trabalho de lexicógrafos nos auxilie na compreensão das Escrituras ( 1Co 2:14 Tooltip ).
O apóstolo Paulo roga aos cristãos, ou seja, ele não estabelece uma determinação, uma ordenança, ou uma lei, pois ao chamá-los de irmãos, demonstra que, apesar de estar em posição de impor determinações, por ser apóstolo, não impõe, pois tudo que um cristão faz é voluntário, pois Deus a ninguém oprime ( Jó 37:23 Tooltip ).
Ele roga aos seus irmãos pela compaixão de Deus, ou seja, por Cristo. Cristo é a compaixão de Deus revelada aos homens.
O apóstolo Paulo não utiliza o seu apostolado para impor determinações aos cristãos, antes roga no nome do Senhor Jesus, o primogênito dentre muitos irmãos, para que a sua exortação fosse acatada ( Rm 8:29 Tooltip ).
Como o verso em análise aborda as questões de oferta e sacrifício, geralmente vem à mente do leitor os sacrifícios oferecidos sob a velha aliança. Porém, os sacrifícios que se ofereciam segundo a lei eram todos ‘cadáveres’, por mais perfeito que fosse o cordeiro escolhido. Para o sacrifício o animal era morto e, após, disposto sobre o altar em holocausto, mas Deus já sinalizava que não se deleitava somente na sombra dos bens futuros "Pois não desejas sacrifícios, senão eu os daria; tu não te deleitas em holocaustos" ( Sl 51:16 Tooltip ).
Embora o sacrifício para a redenção da humanidade já foi ofertado, pois Cristo é o Cordeiro de Deus, a bíblia nos demonstra que sob a nova aliança também é possível oferecer sacrifício a Deus. O escritor aos hebreus assim orienta: "Portanto, ofereçamos sempre por ele a Deus sacrifício de louvor, isto é, o fruto dos lábios que confessam o seu nome" ( Hb 13:15 Tooltip ), ou seja, por intermédio de Cristo (compaixão de Deus) se oferece a Deus ‘sacrifício de louvor’, que nada mais é do que professar o nome de Cristo.
Neste mesmo sentido alerta o apóstolo Pedro: “Vós também, como pedras vivas, sois edificados casa espiritual e sacerdócio santo, para oferecer sacrifícios espirituais agradáveis a Deus por Jesus Cristo” ( 1Pe 2:5 Tooltip ). Ele demonstra que os cristãos são ‘casa espiritual’ e exercem um ‘sacerdócio santo’, ou seja, sacerdócio real segundo a ordem de Melquisedeque.
Como? Se Cristo é a pedra fundamental, o sumo sacerdote, o sacrifício e o primogênito entre muitos irmãos, todos os cristãos, como coerdeiros, filhos de Deus, também são pedras vivas e sacerdotes real edificados casa espiritual ( 1Pe 2:15 Tooltip ).
Mas, qual o objetivo de os cristãos terem sido edificados casa espiritual? Para oferecerem sacrifícios agradáveis a Deus por intermédio de Jesus Cristo ( Hb 13:15 Tooltip ). Que sacrifício é este? O fruto dos lábios, ou seja, anunciar a Cristo (a palavra, o Verbo encarnado), a pedra de tropeço no qual os homens tropeçaram ( 1Pe 2:8 Tooltip ). O apóstolo Pedro destaca que os cristãos são ‘geração eleita, o sacerdócio real, a nação santa, o povo adquirido’ para oferecerem sacrifício de louvor, ou seja, anunciando ‘as virtudes daquele que vos chamou das trevas para a sua maravilhosa luz’ ( 1Pe 2:9 Tooltip ).
Neste sentido o salmista Davi preanunciou: "Os sacrifícios para Deus são o espírito quebrantado; a um coração quebrantado e contrito não desprezarás, ó Deus" ( Sl 51:17 Tooltip ). Como ele haveria de sacrificar? "Eu te oferecerei voluntariamente sacrifícios; louvarei o teu nome, ó SENHOR, porque é bom" ( Sl 54:6 Tooltip ). Por que Ele haveria de louvar? Porque ‘aquele que oferece o sacrifício de louvor me glorificará’, ou seja, qualquer que queira oferecer sacrifício de louvor, ou o ‘fruto dos lábios’, deve anunciar as virtudes de Cristo professando o seu nome ( Sl 50:23 Tooltip ; 1Pe 2:9 Tooltip ; Hb 13:15 Tooltip ). Compare:
  • "Nisto é glorificado meu Pai, que deis muito fruto; e assim sereis meus discípulos" ( Jo 15:8 Tooltip );
  • “Aquele que oferece o sacrifício de louvor me glorificará ( Sl 50:23 Tooltip );
  • "Portanto, ofereçamos sempre por ele a Deus sacrifício de louvor, isto é, o fruto dos lábios que confessam o seu nome" ( Hb 13:15 Tooltip ).
Jesus demonstrou que glorificou o Pai anunciando o seu nome aos homens, e para que o cristão seja discípulo de Cristo deve produzir muito fruto, ou seja, anunciar o nome do Pai, o mesmo que glorificá-Lo Eu glorifiquei-te na terra, tendo consumado a obra que me deste a fazer (...) Manifestei o teu nome aos homens que do mundo me deste; eram teus, e tu mos deste, e guardaram a tua palavra” ( Jo 17:4 Tooltip -6).
Se o sacrifício do cristão é oferecer o ‘fruto dos lábios’, ou ‘sacrifício de louvor’, ou ‘professar o nome de Cristo’, que glorifica o Pai, o que o apóstolo Paulo propõe aos irmãos no verso 1 do capítulo 12 da epístola aos cristãos em Roma?
Como é assente que ‘um texto fora do contexto é pretexto’, devemos analisar o contexto de Romanos 12.
Antes de analisarmos o contexto de Romanos 12, observe este verso: "Oferecer-te-ei sacrifícios de louvor, e invocarei o nome do SENHOR" ( Sl 116:17 Tooltip ). Por que é necessário observar este verso do Salmo 116? Porque neste verso há um paralelismo sinônimo, ou seja, a segunda linha, apesar de empregar termos diferentes, repete o pensamento da primeira linha, que é uma das características da poesia hebraica.
Lembrando que na poesia hebraica temos uma espécie de rima de pensamentos, nunca de som, ou seja, as idéias é que são relacionadas e não o som, ou rima. É esta uma das características da poesia hebraica que preserva a beleza e a idéia mesmo quando se traduz para qualquer outra língua. Compare:
  • “Aquele que oferece o sacrifício de louvor me glorificará ( Sl 50:23 Tooltip );
  • “Oferecer-te-ei sacrifícios de louvor, e invocarei o nome do SENHOR" ( Sl 116:17 Tooltip );
  • "E ofereçam os sacrifícios de louvor, e relatem as suas obras com regozijo" ( Sl 107:22 Tooltip );
  • "Oferecei sacrifícios de justiça, e confiai no SENHOR" ( Sl 4:5 Tooltip ).
‘Sacrifício de louvor’ é o mesmo que ‘relatar as obras de Deus’ com alegria, ‘invocar o seu nome’, ‘confiar em Deus’, ‘glorificar’, ‘anunciar’ etc.
Se o paralelismo sinônimo da poesia hebraica estabelece que ‘oferecer sacrifício de louvor’ é o mesmo que ‘invocar o nome do Senhor’, segue-se que o que o apóstolo Paulo propõe no capítulo 12 é continuação das idéias exaradas no capítulo 10, o que não é de se estranhar, pois se trata de uma epístola ( Rm 10:13 Tooltip ).
Os mesmos irmãos que o apóstolo roga para que apresentem os seus corpos em sacrifício, foram abordados no capítulo 10: “Irmãos, o bom desejo do meu coração...” ( Rm 10:1 Tooltip ), e: “Rogo-vos, pois, irmãos, pela compaixão...” ( Rm 12:2 Tooltip ).
Qual era o bom desejo do coração do apóstolo Paulo? Que os seus irmãos na carne (judeus) fossem salvos, porém, ele bem sabia que os seus compatriotas, apesar do zelo, não tinham o ‘entendimento’ de Deus ( Rm 10:2 Tooltip ).
Que entendimento lhes faltava? Que Deus é rico para com todos que O invocam ( Rm 10:12), Tooltip pois  ‘todo aquele que invocar o nome do Senhor será salvo’ ( Rm 10:13 Tooltip ). Como oferecer ‘sacrifício de louvor’ (buscar ao Senhor) é o mesmo que possuir um ‘espírito quebrantado’ ( Sl 116:17 Tooltip ; Sl 51:17 Tooltip ), neste quesito não há diferença entre gentios e judeu, servos e livres, macho e fêmea ( Rm 10:12 Tooltip ).
Para os que não compreendem a verdade do evangelho o ciúmes permanece ( Rm 10:19 Tooltip ).
Quando o escritor aos Hebreus cita o Salmo "Dizendo: Anunciarei o teu nome a meus irmãos, Cantar-te-ei louvores no meio da congregação" ( Hb 2:12 Tooltip ; Sl 22:22 Tooltip ), está em destaque o paralelismo, pois quem anuncia o nome de Deus é que O louva. Compare: “Os mansos comerão e se fartarão; louvarão ao SENHOR os que O buscam; o vosso coração viverá eternamente” ( Sl 22:26 Tooltip ), com "Oferecer-te-ei sacrifícios de louvor, e invocarei o nome do SENHOR" ( Sl 116:17 Tooltip ). Quando Jesus convida 'vinde a mim vós que estais cansados e oprimidos' e 'aprendei de mim (...) e encontrareis descanso para as vossas almas', cumpre-se os versos acima ( Mt 11:28 Tooltip -29).
Após declinar qual era o desejo do seu coração ( Rm 10:1 Tooltip ), e que Deus não havia rejeitado a Israel como povo ( Rm 11:1 Tooltip ), o apóstolo Paulo rogou aos irmãos (judeus e gentios) que oferecessem a Deus os seus corpos, ou seja, agissem de modo a demonstrar que judeus e gentios que crêem em Cristo foram elevados a mesma categoria: membros do corpo de Cristo ( 1Co 12:13 Tooltip e 24).
O sacrifício do cristão é professar a Cristo, mas quando há qualquer tipo de discriminação nega-se a eficácia do evangelho ( Hb 13:15 Tooltip ). Seria o mesmo que considerar que Deus só podia fazer nova criatura dentre os judeus, pois eram mais regrados devido à lei. Ou que Deus só podia salvar gentios, uma vez que os judeus foram rejeitados.
Diante das diferenças que alguns ainda evocavam por entenderem que mesmo no evangelho persistiam as diferença entre judeus e gentios (ambos, judeus e gentios, não haviam compreendido que os judeus não são mais excelentes que os gentios, e que os judeus não foram rejeitados Rm 3:9 Tooltip e Rm 11:1 Tooltip e 12), o apóstolo Paulo roga que ofereçam os seus corpos por sacrifício vivo, santo e agradável, pois assim as diferenças culturais seriam extintas.
Até mesmo considerar que os dons que foram repartidos tornam alguns cristãos melhores que outros não é racional diante de Deus, pois o douto não é melhor que o neófito “Porque os que em nós são mais nobres não têm necessidade disso, mas Deus assim formou o corpo, dando muito mais honra ao que tinha falta dela para que não haja divisão no corpo, mas antes tenham os membros igual cuidado uns dos outros” ( 1Co 12:24 Tooltip -25).
Como por natureza o cristão é vivo, santo e agradável a Deus, o sacrifício também é vivo, santo e agradável. Por quê? Porque os cristãos já ressurgiram com Cristo e são pedras vivas, sacerdócio real, templo santo. Como é o templo que santifica o ouro, e o altar que santifica a oferta, o sacrifício é vivo, santo e agradável porque o cristão é pedra viva (templo e altar), nação santa, sacerdócio santo, casa espiritual, etc. ( 1Pe 2:5 Tooltip ).
Conclui-se que, aqueles que não aceitam os irmãos como sendo seu igual, ainda está morto. Não creu em Cristo conforme as escrituras, e não pode oferecer o seu corpo em sacrifício vivo, santo e agradável. Não cultua o culto racional, pois para santificar os membros do seu corpo, o próprio Jesus utilizou a palavra, o que torna a igreja santa e irrepreensível “Para a santificar, purificando-a com a lavagem da água, pela palavra, para a apresentar a si mesmo igreja gloriosa, sem mácula, nem ruga, nem coisa semelhante, mas santa e irrepreensível” ( Ef 5:26 Tooltip -27). É Cristo que dá vida! É Cristo que santifica! É Cristo que torna o homem agradável a Deus ( Jo 10:10 Tooltip ; Ef 1:6 Tooltip ; 1Co 6:11 Tooltip ).
O apóstolo Paulo considerou tudo como esterco para alcançar a Cristo "E, na verdade, tenho também por perda todas as coisas, pela excelência do conhecimento de Cristo Jesus, meu Senhor; pelo qual sofri a perda de todas estas coisas, e as considero como escória, para que possa ganhar a Cristo" ( Fl 3:8 ), porém, não podia falar-lhes abertamente, por questões socioculturais, que ser judeu ou ser gentil, quando em Cristo, era de nenhum valor, o mesmo que nada, escória ( Gl 6:15 Tooltip ).
O apóstolo Paulo roga aos cristãos que ofereçam os seus corpos em sacrifício vivo, santo e agradável, pois somente desta forma todas as diferenças socioculturais seriam excluídas. Sacrificar as diferenças socioculturais é o culto racional, pois todo os cristãos, não importando suas origens, são povo adquirido, sacerdotes santos, pedras vivas, casa espiritual para oferecerem sacrifícios santos e agradáveis a Deus ( 1Pe 2:5 Tooltip ).
O culto racional só é possível após ser participante do leite racional. O que é o leite racional? A palavra da verdade que concede crescimento, que torna o cristão sóbrio, com o entendimento cingido ( 1Pe 2:2 Tooltip ). No que isto implica? Que o cristão invoca como Pai Aquele que não faz acepção de pessoa (judeu e gentil) ( 1Pe 1:17 Tooltip ), e que toda carne é como a flor da erva (judeu e gentil) ( 1Pe 1:24 Tooltip ), e o que permanece é a palavra de Deus ( 1Pe 1:25 Tooltip ).
Nascer de novo é um imperativo, mas sacrificar as diferenças sociais em função da unidade do corpo de Cristo é uma disposição voluntária, por isso o apóstolo Paulo roga no verso 1, do capítulo 12 da carta aos Romanos. O apóstolo dos gentios destaca que os cristãos são muitos, mas são um só corpo em Cristo, ou seja, individualmente cada cristão é membro um dos outros, portanto, não pode haver diferença entre os cristãos “Assim nós, que somos muitos, somos um só corpo em Cristo, mas individualmente somos membros uns dos outros” ( Rm 12:5 Tooltip ).
Daí vem o imperativo: não sede conformados com o mundo! O que isto quer dizer? Que as diferenças apregoadas pelos judaizantes, algo próprio ao mundo, não devia ser a tônica dos cristãos ( 1Pe 1:14 Tooltip ). Antes, deviam ser ‘transformados pela renovação do entendimento’, ou seja, a transformação do entendimento reflete diretamente na mudança de comportamento, que passa a ser segundo a boa, agradável e perfeita vontade de Deus ( Rm 12:2 Tooltip e 18 compare com 1Pe 2:19 Tooltip ).
A mudança de comportamento operada pela transformação do entendimento é o que tapa a boca à ignorância dos homens insensatos, daqueles que se ensoberbecem a favor de um contra o outro, pois vão além do que está escrito "Porque assim é a vontade de Deus, que, fazendo bem, tapeis a boca à ignorância dos homens insensatos" ( 1Pe 2:15 Tooltip ; Rm 12:3 Tooltip e 1Co 4:6 Tooltip ).
Apresentar o corpo como sacrifício vivo, santo e agradável é culto racional ofertado a Deus, ou seja, refere-se a uma transformação na compreensão através da verdade do evangelho (leite racional). O cristão que pensava que os judeus eram mais ilustres que os demais homens diante de Deus precisavam compreender que no corpo de Cristo não há diferença entre judeus e gentios, pois através da operação do evangelho da paz foi feito dos dois povos um novo homem ( Ef 2:15 Tooltip ).
O culto racional, o mesmo que compreender que todos (judeus e gentios) são um só corpo em Cristo Jesus é apontado como sendo um sacrifício que os cristãos, individualmente e voluntariamente, poderiam oferecer a Deus.
Além de andar de acordo a compreensão do Evangelho podemos oferecer também sacrifício de louvor que decorre do fruto dos lábios, conforme demonstra o escritor aos hebreus ( Hb 13:15 Tooltip ).
Sob a Velha Aliança, era oferecido a Deus o sacrifício de animais, o que prenunciava o sacrifício do Cordeiro de Deus, Jesus Cristo. Apresentar o corpo em sacrifício vivo, santo e agradável a Deus não é o mesmo que um processo de santificação, pois a santificação se dá única e exclusivamente pela vontade de Deus através da oferta do corpo de Cristo ( Hb 10:10 Tooltip ).
Apresentar o ‘corpo’ em sacrifício vivo, santo e agradável também não é o mesmo que apresentar os ‘membros’ a Deus como instrumento de justiça, pois apresentar os membros como instrumento de justiça é abster-se da concupiscência, e apresentar o corpo em sacrifício, um culto racional ( Rm 6:12 Tooltip -13).
Enquanto o culto racional refere-se à voluntariedade do cristão em aceitar qualquer pessoa, independente das suas origens e condições sociais, como sendo participante do corpo de Cristo, apresentar os membros a Deus como instrumento de justiça refere-se ao comportamento do cristão após tornar-se servo da justiça ( 1Pe 2:11 Tooltip ).
Observe que a estrutura de texto da primeira epistola do apóstolo Pedro, apesar de não ter o mesmo contexto (judeus versus gentios), demonstra que os sacrifícios agradáveis a Deus ( 1Pe 2:5 Tooltip ) é anunciar as virtudes daquele que chamou os cristãos para a luz  ( 1Pe 2:9 Tooltip ). Como a vontade de Deus é que os ignorantes não tenham do que acusar os cristãos ( 1Pe 2:15 Tooltip ), o apóstolo roga, do mesmo modo que o apóstolo Paulo, que os cristãos abstenham das concupiscências carnais (1Pe 2:11 ).
Fica claro após uma releitura do verso em análise que a ‘transformação pela renovação do entendimento’ se traduz em aceitação das diferenças socioculturais dos cristãos, pois após a reconciliação efetivada na cruz ( Ef 2:16 Tooltip ), todos pertencem a uma mesma família ( Ef 2:19 Tooltip ; Rm 12:5 Tooltip ), são membros de um mesmo corpo, pois não há diferença entre judeu e grego ( Rm 10:12 Tooltip ), o que demanda aos cristãos, que ainda não ofereciam um culto racional, transformarem-se pela renovação do entendimento, ou seja, oferecendo voluntariamente os seus corpos em sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é aceitar a eficácia do sacrifício de Cristo (culto racional), que faz (bara) ambos, judeus e gentios, nova criatura.
Por quê? Porque após oferecer o corpo em sacrifício o cristão deixa de considerar os membros do corpo de Cristo segundo a carne (judeus e gentios), como alertou o apóstolo Paulo "Assim que daqui por diante a ninguém conhecemos segundo a carne, e, ainda que também tenhamos conhecido Cristo segundo a carne, contudo agora já não o conhecemos deste modo" ( 2Co 5:16 Tooltip ).
Cristo morreu, segue-se que todos cristãos morreram ( 2Co 5:15 Tooltip ), portanto, é necessário trazer sempre ‘por toda a parte a mortificação do Senhor Jesus no nosso corpo, para que a vida de Jesus se manifeste também nos nossos corpos’. Ou seja, aqueles que obtiveram nova vida em Cristo sempre estão entregue à morte por amor de Jesus, ou seja, é um sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, para que ‘a vida de Jesus se manifeste também na nossa carne mortal’ ( 2Co 4:10 Tooltip -11).
Ao oferecer o corpo em sacrifício vivo, santo e agradável, que é o culto racional, o cristão compreendeu que na unidade do corpo de Cristo há servo, livre, judeu, grego, homem, mulher, etc. É o mesmo que “... amar a Deus de todo o coração, e de todo o entendimento, e de toda a alma, e de todas as forças, e amar o próximo como a si mesmo...”, ou seja, oferecer sacrifício de louvor “... é mais do que todos os holocaustos e sacrifícios" ( Mc 12:33 Tooltip ; Sl 50:23 Tooltip ).